(Im)permanências: memória e esquecimento no espaço público
DOI:
https://doi.org/10.22409/arte.lugar.cidade.v1i1.62466Resumo
Neste texto, aborda-se a permanência e a destruição de monumentos, no intuito de discutir a participação das obras na construção e na reinvenção de territorialidades e de identidades. No Brasil, o debate sobre a permanência e a colonialidade dos monumentos é incipiente, por vezes, inexistente. Em Salvador, primeira capital do Brasil, as obras constituem parte da paisagem urbana, mas, na maioria dos casos, não participam diretamente na vida cotidiana. De forma geral, fica evidente que os monumentos comemorativos não têm os mesmos valores e significados que tinham no passado, quando não são completamente esquecidos. Na ausência de cultivo da memória e de um debate sobre a função social das obras, a relação com os monumentos é frequentemente mediada por diversos níveis de apatia, ignorância e autoritarismo do Estado. No artigo busca-se analisar as transformações da relação com os monumentos em um espaço público em disputa, destacando-se os deslocamentos de sentido e a (im)permanência dos monumentos naturais e históricos.
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