Figuras que irrompem no desacordo: proposições através d’A Mosca e Holy Motors

Autores

  • Isabel Veiga Rezende UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.22409/ayvu.v4i1.22228

Palavras-chave:

corpo, pessoa/sujeito, metamorfose, cinema

Resumo

O presente trabalho propõe uma análise detalhada de duas sequências dos filmes A Mosca(David Cronenberg, 1986) e Holy Motors (Leos Carax, 2016). Buscamos mostrar como ambas as passagens concentram e explicitam o desacordo entre corpo e pessoa/sujeito, inventando uma nova lógica figurativa para os protagonistas. No primeiro caso, um cientista que se transforma em inseto gigante, e no segundo um ator que se confunde com seus personagens. Nos alimentamos de uma questão cara ao cinema moderno, a saber, a insubordinação a tudo que limita o Homem a um ser biológico, comunicativo e racional. Afastando-se dos modelos naturalistas, o cinema (e as outras artes) pode então contrariar sua suposta vocação realista e experimentar o enlouquecimento das formas fílmicas, em que as forças de deformação e metamorfose agem substancialmente sobre as forças de conservação e contenção.

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Biografia Autor

Isabel Veiga Rezende, UFRJ

Mestranda do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Contato: belveigabel@gmail.com

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Publicado

2017-12-21

Edição

Secção

Dossiê Cinema: pensamento, política e subjetivação