A fama da máquina televisiva: análise estilística do programa do SBT

Autores

  • João Paulo Hergesel Universidade Anhembi Morumbi
  • Rogério Ferraraz Universidade Anhembi Morumbi

DOI:

https://doi.org/10.22409/contracampo.v36i2.987

Palavras-chave:

Audiovisual, Televisão, Narrativas Midiáticas, Estilística, SBT

Resumo

O Máquina da Fama é um programa de auditório que consiste na competição entre covers e na transformação de artistas convidados em fenômenos do cenário musical. Fechando o ano de 2015 na vice-liderança em audiência e iniciando 2016 com constantes vitórias sobre Xuxa, o formato é responsável por momentos marcantes na história contemporânea do SBT. Levando isso em consideração, questionou-se como os recursos expressivos utilizados por essa narrativa sugerem atingir a sensibilidade do telespectador. Para tentar responder a essa indagação, analisou-se um trecho do programa em que a apresentadora Patrícia Abravanel estabelece diálogo com ela própria, como se fossem personalidades distintas, antes de executar a tarefa de imitar a cantora Beyoncé.

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Biografia do Autor

João Paulo Hergesel, Universidade Anhembi Morumbi

Doutorando em Comunicação pela Universidade Anhembi Morumbi (UAM) e bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (PROSUP/Capes). Membro dos Grupos de Pesquisa Inovações e Rupturas na Ficção Televisiva Brasileira (UAM/CNPq) e Narrativas Midiáticas (Uniso/CNPq).

Rogério Ferraraz, Universidade Anhembi Morumbi

Doutor em Comunicação e Semiótica (PUC-SP), mestre em Multimeios (Unicamp) e graduado em Jornalismo (UNESP-Bauru). Foi pesquisador visitante na UCLA Los Angeles, com bolsa de doutorado-sanduíche (Capes). É professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Anhembi Morumbi (UAM).

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Publicado

2017-08-07