A cotidianidade do cinema

Autores

  • Renata Rogowski Pozzo Universidade do Estado de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.22409/contracampo.v36i3.1002

Palavras-chave:

Cinema brasileiro, Exibição cinematográfica, Sociabilidade urbana, Diário. Laguna-SC.

Resumo

Neste ensaio, explora-se os efeitos do cinema na vida cotidiana, partindo de uma reflexão sobre o cinema brasileiro das décadas de 1950 e 1960, em seus aspectos de produção, distribuição e exibição, captado mediante as experiências de uma moradora da cidade de Laguna, Santa Catarina. Dona Betinha, por 18 anos manteve um diário onde registrou 805 idas ao cinema, das quais 69 foram para assistir à produções nacionais, em duas salas de rua da cidade: o Cine Mussi e o Cine Roma. Coloca-se o problema de pensar o cinema que existiu como parte da vida cotidiana do público, que estendeu-se como acontecimento na cidade, motor de sociabilidade, e que é presente enquanto memória. 

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Biografia do Autor

Renata Rogowski Pozzo, Universidade do Estado de Santa Catarina

Doutora em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Estado de Santa Catarina.

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Publicado

2017-10-30