Articulações e tensionamentos do tempo nas Teorias da Comunicação
DOI:
https://doi.org/10.22409/contracampo.v36i3.1015Palavras-chave:
Teorias da comunicação. Tempo. Epistemologia.Resumo
O tempo, nos estudos de Comunicação, não é explicitamente problematizado em sua dimensão constitutiva dos fenômenos interacionais, ou, mais ainda, como variável de toda a ação e da própria existência. Nota-se, com muita frequencia, sua apreensão enquanto variável histórica delimitadora de determinados aspectos da apreensão social das temporalidades. Em outras palavras, os estudos de Comunicação privilegiam o tempo como história, não como categoria analítica ou mesmo epistemológica. Este artigo tenta desenvolver uma visão específica a respeito das potencialidades e limites da presença do tempo nos processos comunicacionais. A partir da reflexão acerca de dimensões temporais em certas Teorias da Comunicação, percebemos que o tempo é componente de destaque nas formulações conceituais, mas que seus aspectos específicos parecem diluir-se como uma dimensão entre outras dos fenômenos interacionais.
Downloads
Referências
ADORNO, T. & HORKHEIMER, M. O iluminismo como mistificação das massas. In: Indústria Cultural e Sociedade. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
ADORNO, T. & HORKHEIMER, M. Dialética do Esclarecimento. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1983.
BRAGA, J. L. Um conhecimento aforístico. Texto apresentado no 23o Encontro Anual da Compós. Belém, 23 a 26 de junho de 2014.
BRYANT, J. e MIRON, D. Theory and Research in Mass Communication. Journal of Communication. December 2004/Vol. 54 no. 4.
CARLSSON, U. Media and Mass Communication Research Past, Present and Future. Nordicom Review, Jubilee Issue 2007, pp. 223-22
DELEUZE, G. Conversações. São Paulo: Ed. 34, 2013.
DEMERS, D. Communication Theory in the 21st Century: Differentiation and Convergence. Mass communication and society, no. 3, Vol. 01, 2000, pp. 1-2.
DEWEY, J. Democracia Cooperativa: escritos políticos escolhidos de John Dewey, 1927-1939. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008.
DEWEY, J. A arte como experiência (Tendo uma experiência), p.89-105.
DEWEY, J. L’acte d’expression. In : _____. L’art comme expérience. Pau: Farrago, 2005.
DIDI-HUBERMAN, Georges. A sobrevivência dos vagalumes. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.
DUARTE, R. Teoria Crítica da Indústria Cultural. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2009.
FERRARA, L. D'A. A epistemologia de uma comunicação indecisa. Trabalho apresentado no 22o. Encontro da Compós. Salvador, junho 2013.
FERRARA, L. D’A. A comunicação: da epistemologia ao empírico. Trabalho apresentado no 23o. Encontro da Compós. Belém, Maio de 2014.
FERREIRA, J. Questões e linhagens na construção do campo epistemológico da Comunicação. In:_______ (org.). Cenários, teorias e metodologias da Comunicação. Rio de Janeiro: e-papers, 2007.
FRANÇA, V. Paradigmas da Comunicação: conhecer o quê?. In: MOTTA, Luiz Gonzaga; FRANÇA, V., PAIVA, R. e WEBER, M. H. (orgs.) Estratégias e culturas da comunicação. Brasília: Editora UnB, 2001.
GAGNEBIN, Jeanne Marie. História e Narração em Walter Benjamin. São Paulo: Ed. Perspectiva, 1999.
GARCIA GUTIERREZ, A. Desclasificados. Barcelona: Anthropos, 2007.
GASTALDO, Édison. Goffman e as relações de poder na vida cotidiana. Rev. bras. Ci. Soc. [online]. 2008, vol.23, n.68 [cited 2013-04-22], pp. 149-153 .
GOFFMAN, E. A ordem da interação. In: _____. Os momentos e os seus homens. Textos escolhidos e apresentados por Yves Winkin. Lisboa: Relógio d´Água Editores, 1999.
GUINZBURG, C. Mitos, sinais, emblemas. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
HERBST, S. Disciplines, Intersections, and the Future of Communication Research. Journal of Communication no. 58, Vol. 1, 2008, pp. 603-616.
JENKINS, K. Repensando a história. São Paulo, Contexto, 2006.
JENSEN, K. B.; NEUMAN, W. R. Evolving paradigms of Communication Research. International Journal of Communication no. 7, Vol. 1, 2013, pp. 230-240.
LAZZARATO, Maurizio. From the revolutions of capitalism. Substance, n.112, v.36, n.1, 2007.
LEBESCO, K. Beyond the Second Media Age: Contemporary Communication Theory. Review of Communication,no. 7: Vol. 1, 2007, pp. 37-39
LEMOS, A. Cibercultura. Porto Alegre: Sulina, 2007.
LIMA, V. Mídia: teoria e pesquisa. São Paulo, Perseu Abramo, 2001.
LIMA, V. Repensando as teorias da comunicação. In: MELO, J. M. Teoria e pesquisa em comunicação. São Paulo, Intercom/Cortez, 1983.
LOWENTHAL, D. The past is a foreign country. Cambridge, Cambridge University Press, 2004.
LÖWY, Michael. Walter Benjamin: aviso de incêndio. SP: Boitempo, 2005.
MARTINO, L. M. S. Descontinuidades epistemológicas na Teoria da Comunicação: um estudo das taxonomias entre 1969 e 2011. Logos, v.22, p.105 - 120, 2015.
MARTINS, Carlos Benedito de Campos. Notas sobre o sentimento de embaraço em Erving Goffman.Revista Brasileira de Ciências Sociais, 2008, vol.23, n.68, pp. 137-144.
MATTERLART, A.; MATTELART, M. História das Teorias da Comunicação. São Paulo: Loyola, 1999.
McQUAIL, D. Reflections on Paradigm Change in Communication Theory and Research. International Journal of Communication no. 7, Vol. 1, 2013, pp. 216-229.
MEAD, G. H. L’esprit, le soi et la société. Paris : PUF, 2006.
MIEGE, B. O pensamento comunicacional. Petrópolis: Vozes, 2004.
PEREIRA, V. Estendendo McLuhan. Porto Alegre: Sulina, 2013.
PETERS, J. D. Space, time, and Communication Theory. Canadian Journal of Communication. VOl. 28, no. 1, 2003, pp. 397-411.
PRIMO, A. Interações em Rede. Porto Alegre: Sulina, 2007.
RÜDIGER, F. Teoria Social Crítica e Pesquisa em Comunicação. Porto Alegre: Ed. PUC-RS, 2005.
SÁNCHEZ, L. e CAMPOS, M. La Teoría de la comunicación: diversidad teórica y fundamentación epistemológica. Dialogos de la Comunicación. No. 78, Janeiro-Julio 2009, pp. 24-38.
TORRICO VILLANUEVA, E. R. Abordajes y periodos de la teoria de la comunicación. Buenos Aires: Norma, 2004.
TRUMBO, C. W. Research methods in Mass Communication Research: a census of eight journals 1990-2000. Journalism and Mass Communication Quarterly, vol. 51, no. 02, Summer 2004, pp. 417-436.
WHITE, H. Tópicos do Discurso. São Paulo: Edusp: 2005.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os autores retêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de publicar o seu trabalho pela primeira vez sob a licença Creative Commons (CC-BY), que permite o intercâmbio de obras e reconhecimento de autoria na revista.