Presença e atuação de mulheres em espaços culturais no Rio de Janeiro do século XIX: o que podem as mulheres em festa?
DOI:
https://doi.org/10.22409/contracampo.v38i1.27985Palavras-chave:
Feminismo, Festa, Culturas UrbanasResumo
O presente artigo faz um levantamento histórico de relatos sobre a presença e atuação de mulheres, sobretudo de mulheres negras, em festividades no Rio de Janeiro no século XIX. Buscamos (re)arquitetar cenas de convívio social, afim de destacar as subversões temporárias das posições “subalternizadas” da cultura negra e das mulheres em momentos de festa. Com isso, procuramos contribuir com reflexões mais aprofundadas no campo das culturas urbanas, ao considerar as especificidades das experiências históricas dos grupos minoritários que nas práticas artísticas e musicais de perfil politicamente engajado na contemporaneidade. Tendo em vista, as cenas culturais vinculadas a pauta do feminismo da atualidade buscamos destacar a presença histórica das mulheres nos processos culturais da cidade.
Downloads
Referências
ALEMÃO, Francisco Freire. Diário de Viagem de Franscisco Freire Alemão. Crato–Rio de Janeiro, 1859.
AZIBEIRO, Nadir Esperança. Entrelaços do saber: uma aposta na desconstrução da subalternidade. Anais da Reunião Anual da ANPED, v. 26, 2003.
BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 1998.
BARBALHO, Alexandre. A Criação está no ar: juventudes, política, cultura e mídia. Fortaleza: EdUECE, 2013.
BUTLER, Judith. Corpos em aliança e a política das ruas: Notas para uma teoria performativa de assembléia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.
CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano. Petrópolis. Vozes, v. 1, 1994.
DENIS, Ferdinand. Brasil. Belo Horizonte, Itatiaia, São Paulo, Edusp, 1980.
DERRIDA, Jacques. Posições. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
DIAS, Paulo. A outra festa. In: JANCSÓ, István e KANTOR, Íris (orgs). Festa: cultura e sociabilidade na América Portuguesa. São Paulo Edusp, Fapesp, 2001
DIDI-HUBERMAN, G. Levantes. São Paulo: SESC, 2017.
DUVIGNAUD, J. Festas e Civilizações. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1983.
EXPILLY, C. Le Brésil tel qu'il est. Paris: Arnauld de Vresse, 1862.
___________. Mulheres e costumes do Brasil. São Paulo: Editora Nacional, 1911.
FACINA, Adriana; PALOMBINI, Carlos. O Patrão e a Padroeira: festas populares, criminalização e sobrevivências na Penha, Rio de Janeiro. In: História oral e comunidade: reparações e culturas negras. São Paulo: Letra e Voz, p. 113-137, 2016.
GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes: o cotidiano e as idéias de um moleiro perseguido pela Inquisição. Editora Companhia das Letras, 2017.
HAESBAERT, R. Precarização, reclusão e “exclusão” territorial. Revista Terra Livre, v. 2, n.23, 2005.HERSCHMANN, Micael; FERNANDES, Cíntia Sanmartin. Territorialidades sônicas e re-significação de espaços do Rio de Janeiro. Logos, v. 18, n. 2, 2012.
HOLLANDA, Heloisa Buarque. Explosão Feminista: Arte, Política e Universidade. Editora: Companhia das Letras. 2018.
LAMBERG, Moritz. O Brazil. Rio de Janeiro, Editora: Lombaerts-Tipographia, 1895.
LOPES, Nei. Guimbaustrilho e outros mistérios suburbanos. Dantes Editora, 2001.
MARTIUS, SPIX E.; SPIX, Johan Baptist Von. Viagem pelo Brasil: 1817-1820. TOMO II, v. 2, 1981.
MOURA, Roberto. Tia Ciata e a pequena África no Rio de Janeiro. Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, 1995.
MUSSA, Alberto. O trono da rainha Jinga. Editora Record, 2007.
NAPOLITANO, Marcos. História & Música: história cultural da música popular. Autêntica, 2002.
POHL, João Emanuel. Viagem no interior do Brasil empreendida nos anos de 1817 a 1821. FUVEST, 1951.
Queiroz, M. I. (1988). Viajantes, século XIX: negras escravas e livres no Rio de Janeiro. Revista Do Instituto De Estudos Brasileiros, (28), 53-76. 1988.
RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível. São Paulo: Editora, v. 34, 2009.
RINCÓN, Omar. O popular na comunicação: culturas bastardas+ cidadanias celebrities. Revista ECO-Pós, v. 19, n. 3, p. 27-49, 2016.
RUGENDAS, Johann Moritz. Viagem Pitoresca Através do Brasil. Tradução de Sérgio Milliet. Belo Horizonte: Editora Itatiaia,1998.
SCHWARCZ, Lilia M. Viajantes em meio ao império das festas. In: JANCSÓ, István e KANTOR, Íris (orgs). Festa: cultura e sociabilidade na América Portuguesa. São Paulo: Hucitec, 2001.
SOIHET, Rachel. A sensualidade em festa: representações do corpo feminino nas festas populares no Rio de Janeiro na virada do século XIX para o XX. In: O corpo feminino em debate. São Paulo: Unesp, p. 177-198, 2003.
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar?. Editora UFMG, 2010
TINHORÃO, José Ramos. Festa de negro em devoção de branco: do carnaval na procissão ao teatro no círio. Editora UNESP, 2012.
VELLOSO, Mônica Pimenta. As tradições populares na Belle Époque carioca. Funarte, 1988.
VON LEITHOLD, Theodor; VON RANGO, Ludwig; DE SOUSA LEÃO FILHO, Joaquim. O Rio de Janeiro visto por dois prussianos em 1819. Companhia Editora Nacional, 1966.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os autores retêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de publicar o seu trabalho pela primeira vez sob a licença Creative Commons (CC-BY), que permite o intercâmbio de obras e reconhecimento de autoria na revista.