Representação, identidade e a emergência de uma nova discursividade política: minorias sexuais e de gênero na série Merlí

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/contracampo.v0i0.28049

Palavras-chave:

Discurso, Gênero, Sexualidade, Subjetividade, Reconhecimento

Resumo

No pano de fundo de nossas discussões, o que nos move é o interesse em investigar as dimensões da potencialidade de geração de reconhecimento, por parte de atores sociais, das representações construídas pela série ficcional Merlí, produção catalã disponível no Brasil desde 2016 via plataforma de streaming Netflix. Olhamos para esse objeto empírico, sobretudo, a partir dos conceitos de análise de discurso (CHARAUDEAU, 2010), visando estudar as  representações sobre gênero e sexualidade presentes na obra. De modo distinto de muitos produtos midiáticos, que por vezes acabam por produzir mais invisibilidades, sustentamos a tese de que Merlí tensiona representações correntes de grupos minoritários, em sintonia com uma discursividade política emergente na contemporaneidade – um “novo imaginário político”, nas palavras de Fraser (2006).

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Biografia do Autor

Fernanda Elouise Budag, FAPCOM, USJT, ESPM-SP

Pós-doutoranda em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM-SP). Doutora em Ciências da Comunicação (ECA/USP). Professora e pesquisadora da FAPCOM e USJT. Integrante dos Grupos de Pesquisa do CNPq MidiAto (ECA/USP) e Juvenália (ESPM-SP). Brasil.

Nara Lya Cabral Scabin, Universidade Anhembi Morumbi / Universidade de São Paulo

Doutoranda em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Professora dos cursos de Jornalismo e Relações Públicas da Universidade Anhembi Morumbi. Integrante do MidiAto - Grupo de Estudos de Linguagem: Práticas Midiáticas e do Obcom - Observatório de Comunicação, Liberdade de Expressão e Censura. Brasil.

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Publicado

2019-08-31 — Atualizado em 2021-01-25

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