Gestão algorítmica e a reprodução do capital no mercado segurador brasileiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/contracampo.v0i0.38575

Palavras-chave:

Gestão Algorítmica, Big Data, Controle, Trabalho, Mercado Segurador.

Resumo

Em diversas corporações e instituições privadas e públicas as rotinas operacionaisestão deixando de ser controladas e administradas por sistemas burocráticos paraserem governadas por sistemas algorítmicos. Tal fenômeno altera a qualidade e aforma do controle dos processos de trabalho. Esse artigo relata a dinâmica destecenário no mercado segurador brasileiro. A partir da coleta de documentos, relatórios e materiais de marketing e de treinamento dos profissionais do mercado segurador, buscou-se analisar e mapear como e em quais processos os algoritmos estão sendo empregados e como isso tem alterado as rotinas internas e operacionais deste segmento visando à ampliação da lucratividade do Capital

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sergio Amadeu da Silveira, Universidade Federal do ABC

Professor Associado da Universidade Federal do ABC (UFABC) e doutor em Ciência Política pela Uiversidade de São Paulo (USP).

Joyce Ariane de Souza, Universidade Federal do ABC

Doutoranda e Mestre em Ciências Humanas e Sociais pela Universidade Federal do ABC. Especialista em Comunicação Digital pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Graduada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo. Pesquisadora do Laboratório de Tecnologias Livres da Universidade Federal do ABC (LabLivre/UFABC). Dedica-se aos estudos das relações entre comunicação e tecnologia, controle e privacidade e práticas colaborativas na Internet.

Referências

ANEESH, Aneesh. Global labor: Algocratic modes of organization. Sociological Theory, v. 27, n. 4, p. 347-370, 2009.

ARENAS, M.; BAROCAS, S.; DIAKOPOULOS, N.; FRIEDLER, S.; HAY, M.; HOWE, B.; JAGADISH, H. V.; UNSWORTH, K. SAHUGHET, A.; VENKATASUBRAMANIAN, S.; WILSON, C.; YU. C.; ZEVENBERGEN, B.; Principles for Accountable Algorithms and a Social Impact Statement for Algorithms. Disponível em: https://www.fatml.org/resources/principles-for-accountable-algorithms . Acesso em 08 de novembro de 2019.

BERNARD, Zoë. What does Machine Learning actually mean? World Economic Forum, 28 nov 2017. Online: https://www.weforum.org/agenda/2017/11/heres-what-machine-learning-actually-is

BRANCO, Pedro H. Villas Bôas Castelo. Burocracia e crise de legitimidade: a profecia de Max Weber. Lua Nova, n. 99, p. 47-79, 2016.

DANAHER, John. The threat of algocracy: Reality, resistance and accommodation. Philosophy & Technology, v. 29, n. 3, p. 245-268, 2016.

FOUCAULT, Michel. Nascimento da Biopolítica: curso dado no Collège de France (1977-1978). Martins Fontes, 2008.

GALLOWAY, Alexander. (2006) ‘Language Wants To Be Overlooked: On Software and

Ideology’, Journal of Visual Culture 5(3): 315-331.

GILLESPIE, Tarleton. A relevância dos algoritmos. Parágrafo, v. 6, n. 1, p. 95-121, 2018.

HACKING, Ian. The emergence of probability: A philosophical study of early ideas about probability, induction and statistical inference. Cambridge University Press, 2006.

HAN, Byung-Chul. No Enxame: perspectivas do digital. Editora Vozes Limitada, 2018.

HAYLES, K.. My Mother Was a Computer: Digital Subjects and Literary

Texts. Chicago: University of Chicago Press, 2005.

IBM. Watson Visual Recognition. Disponível em: https://www.ibm.com/br-pt/cloud/watson-visual-recognition. Acesso em 01 de novembro de 2019.

INTRONA, Lucas D.; HAYES, Niall. On sociomaterial imbrications: What plagiarism detection systems reveal and why it matters. Information and Organization, v. 21, n. 2, p. 107-122, 2011.

KITCHIN, R.. The data revolution: big data, open data, data infrastructures and their consequences. London: Sage, 2014.

LÖWITH, K. 1977. Racionalização e liberdade: o sentido da ação social. In: MARTINS, J.; FORACCHI, M. (orgs.). Sociologia e sociedade. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos.

PASQUALE, Frank. The black box society. Harvard University Press, 2015.

MCQUILLAN, Dan. Algorithmic states of exception. European Journal of Cultural Studies,

v. 18, n. 4-5, p. 564-576, 2015.

MARX, Karl. Grundrisse: Foundations of the critique of political economy. Penguin UK, 2005.

SINCOR-SP. Ranking das Seguradoras 2018. Disponível em: https://www.sincor.org.br/wp-content/uploads/2019/05/ranking_das_seguradoras_2018.pdf . Acesso em 01 de novembro de 2019.

SUL AMÉRICA. SulAmérica conquista três Prêmios de Inovação CNseg 2018. Disponível em: http://sulamerica.comunique-se.com.br/show.aspx?idMateria=49+NxRtOix6Td7vFBYi00Q==. Acesso em 01 de novembro de 2019.

TOTVS. Saúde. Disponível em: https://www.totvs.com/saude/ . Acesso em 01 de novembro de 2019.

WEBER, Max. Economia e sociedade. Vol. 2: Fundamentos da sociologia. Brasília: Ed. UnB, 1999.

WINNER, Langdon. Do artifacts have politics?. Daedalus, p. 121-136, 1980.

YEUNG, K. (2017) ‘Algorithmic regulation: a critical interrogation’, Regulation &

Governance, doi: 10.1111/rego.12158

Publicado

2020-08-26 — Atualizado em 2021-03-07

Versões