Alteridade de Gênero e Deslocamentos de Sentido Como Prátias Feministas em Rede: Observações Sobre a Página "Moça, Você é Machista"
DOI:
https://doi.org/10.22409/contracampo.v35i2.934Abstract
O artigo analisa práticas feministas
em rede, problematizando a natureza
política e comunicacional de iniciativas
desta ordem. Com foco em ações de
protagonismo juvenil brasileiras, toma
por lugar metodológico de indagação
a página do Facebook “Moça, você é
machista”. Propõe que sua dimensão
estética e tecnológica é indissociável das
apropriações políticas juvenis operadas
nestas ambiências digitais. Constata que
“Moça” exerce seu ativismo em zonas
de liminaridade: a crítica ao binômio
de gênero, por meio de estratégias
irônicas de desconstrução do machismo,
convive com a progressiva inclusão
de problematizações “trans”, quando
sugere que não é possível estabelecer
categorias universalizantes do que é “ser
mulher”. Conclui-se que este exercício
feminista dialoga, cada vez mais, com
uma episteme “trans”, promovendo
ações políticas articuladas a um “quefazer”
cotidiano e autoral. Assim, o
debate que enseja é um exercício
narrativo e uma escuta de alteridades
de gênero, que parte do estigma para desestabilizá-lo.
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