Narrativa, política e vida social: do folhetim à ficção seriada televisiva

Autores/as

  • Angela Cristina Salgueiro Marques

DOI:

https://doi.org/10.22409/contracampo.v0i18.330

Palabras clave:

narrativa, ficção sedada, reflexividade, política, esfera pública.

Resumen

Este artigo pretende evidenciar as articulações entre a narrativa, a política e a vida social, conferindo especial importância à linguagem ficcional e seu impacto na transposição de dilemas privados à esfera pública de debate. Para tanto, estruturamos o texto em três partes. A primeira busca recuperar os principais aspectos da teoria da Indústria Cultural, apontando suas insuficiências em reconhecer a) a capacidade crítica e reflexiva dos públicos com relação aos produtos culturais de massa e b) a potência da forma narrativa para a organização das identidades, das experiências coletivas sociais e das questões políticas. A segunda parte visa apontar a narrativa ficcional - desde o romance-folhetim até à ficção seriada televisiva - como fonte de elementos que nos auxilia a estruturamos nossa experiência no mundo, ao mesmo tempo em que nos permite conferir sentido à nossa própria história de vida. Na terceira parte, evidenciamos o papel exercido pela narrativa na constituição de processos de tematização e resolução de problemas na esfera pública.

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Publicado

2008-06-19