Diva da Sarjeta: ideologia enviadescida e blasfêmea pop-profana nas políticas de audiovisibilidade da travesti paulistana Linn da Quebrada

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/contracampo.v38i1.28079

Palavras-chave:

Ativismo traveco, resistência audiovisual, ideologia enviadescida, dissenso feminino.

Resumo

Neste artigo, analisamos algumas das formas de resistência mobilizadas pela artista, performer, bailarina e cantora paulistana Linn da Quebrada, atentando para modos de ocupar as cidades e as redes sociais que ressignificam corpos, espaços midiáticos e vida cotidiana. Filha de mãe alagoana, criada nas periferias urbanas de São Paulo, ouvindo funk e as pregações das testemunhas de Jeová, Linn é a poeta “papo reto”, que encara os machões, com seus “grandes membros eretos”, e sai em defesa das mulheres e do feminino, onde esteja e como se manifeste. Posicionando-se como bixa, trans, preta e periférica, Linn assume em suas rimas e aparições públicas o projeto de “envaidecer a viadagem”, fazer da estética “uma experiência radical” e de seu corpo uma ocupação.

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Biografia do Autor

Rose de Melo Rocha, PPGCOM-ESPM CLACSO JUVENÁLIA

Professora titular do PPGCOM-ESPM, líder do Grupo CNPq JUVENÁLIA, membro do GT CLACSO Infancias e juventudes, bolsista produtividade em pesquisa do CNPq. Doutora em Ciências da Comunicação (USP), com pós-doutorado em Ciências Sociais (PUCSP).

Aline Rezende, PPGCOM-ESPM JUVENÁLIA CEDEPE-PUCSP

Mestre em Comunicação e Consumo pelo PPGCOM-ESPM, pesquisadora do Grupo CNPq JUVENÁLIA.  Pesquisadora do Cedepe-PUCSP (Coordenadoria de Estudos e Desenvolvimento de Projetos Especiais). Vencedora do Prêmio Eduardo Peñuela de Dissertações em 2018.

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Publicado

2019-04-29 — Atualizado em 2021-05-01

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