Tempos e lugares da Radio Rebelde Zapatista: as ritualidades dos usos sociais

Autores

  • Ismar Capistrano Costa Filho Universidade Federal do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.22409/contracampo.v36i1.971

Palavras-chave:

Rádio, zapatismo, ritualidades

Resumo

Este artigo analisa as ritualidades da Radio Rebelde das comunidades autônomas do movimento insurgente mexicano zapatista, localizada em Oventic, no Estado de Chiapas. A partir da relação entre os formatos da emissora e as competências da recepção, proposta por Jesús Martín-Barbero, é possível notar uma ruptura com a organização temporal das rádios comerciais, apontando para a autodisposição do formato. Parte dos ouvintes entrevistados, principalmente de comunidades rurais autônomas, apropriam-se desta temporalidade nos diversos espaços de escuta. Outra parte possui dificuldade de adaptar-se ao ritmo da emissora.

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Biografia do Autor

Ismar Capistrano Costa Filho, Universidade Federal do Ceará

Doutor em Comunicação Social pelo PPGCOM da UFMG, onde defendeu a tese, em 2016, "Os usos sociais das rádios zapatistas: o mapa noturno da construção da autonomia", professor de Comunicação nas áreas de Rádio, Fundamentação Teórica, Comunicação Comunitária e Assessoria de Comunicação, mestre em Comunicação pelo PPGCOM da UFPE, em 2008, tendo pesquisado "As mediações sonoras da Rádio Favela pela Internet" e bacharel em Jornalismo pela UFC, onde atualmente é professor.

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Publicado

2017-04-25