Show tributo como catarse coletiva: a presentificação dos atentados

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/contracampo.v37i3.19474

Palavras-chave:

midiatização1, circulação2, Imagem3.

Resumo

Na ambiência da midiatização verifica-se a potencialização dos protocolos sociosemiotécnicos que consolidam imagens exógenas em nosso imaginário coletivo. Tais imagens, como as vistas no jornalismo ou em espaços de atores sociais midiatizados, tendem a acionar memórias. E é exatamente a relação entre música, imagens e memória que este artigo visa investigar. O foco está nos shows tributo realizados, de forma cíclica, quanto aos atentados terroristas. Nossa pergunta de partida é: em que medida os shows tributo se transformam em estratégia performática de eternização dos atentados? Para responder tal questão partimos para uma análise de casos múltiplos: o Concert for New York (2001), o show da banda U2 for Paris (2015) e o show One Love Manchester de Ariana Grande (2017).

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Biografia do Autor

Ana Paula da Rosa, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

Jornalista, Doutora em Ciências da Comunicação pela Unisinos, Mestre em Comunicação e Linguagens pela Tuiuti do Paraná. Atua como docente e pesquisadora no PPG em Ciências da Comunicação da Unisinos na linha de Midiatização e Processos Sociais.

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Publicado

2018-12-28 — Atualizado em 2021-03-17

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