A recepção telejornalística de pessoas com deficiência intelectual

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/contracampo.v41i2.53252

Palavras-chave:

Jornalismo, Telejornalismo, Pessoas com deficiência, Estudos de recepção, Cidadania Comunicativa

Resumo

O artigo traz dados e reflexões relacionados às características observadas no processo de investigação que destacou a recepção de conteúdos jornalísticos televisivos por pessoas com deficiência intelectual. Para tal, são retomados os principais eixos teórico-metodológicos que alicerçaram o trabalho: cidadania comunicativa, direito humano à comunicação, estudos culturais e de recepção. Ao refletir sobre os movimentos e estratégias de campo empregadas, busca-se contribuir em uma perspectiva que reconhece as pessoas com deficiência como sujeitos comunicantes. Como resultado, sistematizam-se aspectos da recepção dos sujeitos: a presença do jornalismo de proximidade no consumo; o sensacionalismo como marca dos telejornais consumidos; a mobilização do consumo pelas pautas agendadas; o uso do jornalismo na concretude do cotidiano; e percepções e experiências moldadas pelo que se assiste.

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Biografia do Autor

Felipe Collar Berni, Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Doutorando em Ciências da Comunicação pela Unisinos, com bolsa financiada pela CAPES. Mestre em Jornalismo pela UEPG. Professor substituto de Jornalismo da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). Integra o Grupo de Pesquisa PROCESSOCOM (Unisinos/CNPq).

Graziela Bianchi, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Doutora em Ciências da Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Docente dos cursos de graduação e pós-graduação em Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Coordena o Grupo de Estudos e Pesquisas em Mídias Digitais (GEMIDI/UEPG/CNPq). 

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Publicado

2022-08-31