Programas de desemprego programado

Autores

  • Ilana Marzochí Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.22409/contracampo.v0i08.432

Palavras-chave:

1. Reality shows 2. Modelo empresarial 3. Curto prazo

Resumo

Partindo de uma reflexão sobre o declínio do modelo tradicional da casa/família e paulatina substituição pela empresa, analiso os jogos programados televisivos cujo modo de funcionamento remete diretamente à dinâmica seletiva das grandes companhias: intensa competitividade;perpetuação do estado de mobilização, motivação, tensão, jovialidade,hiperatividade e risco sempre presente de ser excluído ("desempregado"), tudo sob vigilância e controle exacerbados. Ao vender modos de ser e maneiras de agir, essas práticas de grupos voltadas para a máxima performance do indivíduo minam qualquer possibilidade de laços afetivos e projetos duradouros em um clima de acirrada competitividade, curto prazo e desemprego.

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Biografia do Autor

Ilana Marzochí, Universidade Federal Fluminense

Graduanda em Comunicação social -Cinema na universidade Federal Fluminense onde desenvolve o projeto de pesquisa financiado pelo CNPq, Espetacularização da vida privada, déficit do político e produção de subjetividade: os reality shows nas televisões brasileiras, sob orientação da Professora. Dra Maria Cristina Franco Ferraz.

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Publicado

2003-06-17

Edição

Seção

Artigos