O Brasil que gosta de autoridade: a política na cobertura do Plano Cruzado'

Autores

  • Rafael Fortes Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.22409/contracampo.v0i19.410

Palavras-chave:

Plano Cruzado, enquadramento, revista Istoé, revista Veja. de-mocracia

Resumo

A proposta deste artigo é analisar a forma como a política aparece na cobertura do Plano Cruzado realizada por Istoé e Veia, especialmente discutindo o papel legado pelas revistas ao Executivo. Embora se tratasse de um plano cuja meta principal era combatera inflação, ao cobri-lo, os meios de comunicação não trataram somente de economia. A análise lança mão do modelo de esferas de legitimidade (1-lailin, 1994) e do conceito de enquadramento. A hipótese desenvolvida afirma que as revistas semanais construíram o Plano Cruzado como um tema que deveria ser considerado no campo do consenso, e não ria controvérsia legítima. Conseqüentemente, as revistas cleslegitimaram todas as perspectivas que contestavam o Plano, enquadrando-as como impatrióticas ou mal-intencionadas. Ao atuar de tal forma, o jornalismo não está apenas cobrindo um plano econômico, mas reivindicando para si, de forma bastante ativa, um papel na ordem democrática que então se configurava.

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Biografia do Autor

Rafael Fortes, Universidade Federal Fluminense

Doutorando cm Comunicação Universidade Federal Fluminense (UFF) e bolsista da FAPERJ (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de janeiro). Mestre em Comunicação e bacharel em Comunicação e em História pela mesma universidade.

Publicado

2008-06-29