IMAGINAÇÃO CIDADÃ E FICÇÃO TELEVISIVA BRASILEIRA: formas de vida em debate na série Segunda Chamada

forms of life under debate in the series Segunda Chamada

Autores

  • Dario Mesquita UFSCar
  • Naiá Sadi Câmara Centro Universitário de Franca
  • Cláudia Erthal Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
  • Rafael Souza Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
  • João Carlos Massarolo Universidade Federal de São Carlos

DOI:

https://doi.org/10.22409/contracampo.v43i2.61524

Palavras-chave:

cidadania, educação pública, imaginação cidadã, produção seriada brasileira

Resumo

O artigo busca analisar o potencial da imaginação cidadã gerada pela série Segunda Chamada (Globo, 2019-2021), com o objetivo de compreender que possibilidades de engajamento político e social do público em contato com o imaginário gerado pela ficção televisiva no Brasil, que coloca em diálogo diferentes formas de vida. Para tanto, é feita uma revisão bibliográfica sobre a noção de cidadania, bem como de imaginação e imaginário, a fim de se compreender as dinâmicas conceituais de imaginação cidadã. A partir do referencial, é feita uma breve análise das tramas narrativas da primeira temporada de Segunda Chamada. Ao final, as considerações a respeito da pesquisa, de natureza exploratória, indicando desdobramentos para futuras investigações sobre a temática.

Biografia do Autor

Naiá Sadi Câmara, Centro Universitário de Franca

Professora pesquisadora do programa de mestrado interdisciplinar em Desenvolvimento Regional e do curso de Comunicação Social do Centro Universitário de Franca. Pós doutora em Comunicação e Artes pela Ufscar. Doutora e mestre em Linguística e Língua POrtuguesa pela Unesp/ Araraquara. Membro pesquisadora dos grupos Transled (Grupo de pesquisa em Leramentos transmídia- Comunicação e Educação; e do grupo Geminis/Obitel- Ufscar.

Cláudia Erthal, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

Jornalista, documentarista e pesquisadora. Atua na criação e desenvolvimento de conteúdo e produtos audiovisuais para produtoras, agências, emissoras de TV e para a Internet. Experiência nas áreas de Comunicação, Cinema, TV e Audiovisual. Pesquisadora de Comunicação na área de vida digital no Pós-doutorado na Universidade Federal de São Carlos. Doutora em Meios e Processos Audiovisuais da Escola de Comunicação e Artes do Universidade de São Paulo - USP. Mestre em Meios e Processos Audiovisuais da Escola de Comunicação e Artes do Universidade de São Paulo - USP. Jornalista - Criação, Roteiro, Direção de conteúdo para TV, Internet e impresso. Docente da disciplina de Jornalismo Social e Comunitário na Universidade FIAM-FAAM/SP. Master of Arts/MA - Independent Film and Video - University of London. Graduação em Comunicação Social - Habilitação Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina

Rafael Souza , Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Mestre em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM), na linha Mídia, Linguagens e Processos Sóciopolíticos. Bacharel em Jornalismo também pela UFPE. Pesquisador sobre televisão e streaming, com foco na relação entre a TV Globo e o Globoplay, além de outros temas como história da televisão e reality show.

João Carlos Massarolo, Universidade Federal de São Carlos

Professor associado do Departamento de Artes e Comunicação (DAC) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Produção de Conteúdo Multipltaforma (PPGPCM/UFSCar). Bolsista CNPq (PQ2). Coordenador do Grupo de Estudos sobre Mídias Interativas em Imagem e Som (GEMInIS) e editor responsável da Revista GEMInIS.

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Publicado

2024-08-30