O Desejo e seus labirintos: Reflexões acerca do cinema contemporâneo

Autores

  • Henrique Codato Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.22409/contracampo.v0i23.101

Palavras-chave:

Cinema, Desejo, Labirinto

Resumo

As produções que escolhemos analisar encabeçam, de forma emblemática, uma polêmica lista dos dez melhores filmes da década de 2000, elaborada por dezesseis críticos especializados e publicada pela revista Cahiers du Cinéma em sua edição de janeiro de 2010. São elas: A Cidade dos Sonhos (Mulholland Drive, David Lynch, 2001); Elefante (Elephant, Gus Van Sant, 2003) e Tropical Malady (Sud Palad, Apichatpong Weerasethakul, 2004). Notamos que estas obras, ao apresentarem uma narrativa fragmentada, fazendo emergir figuras como a do deslocamento e da descontinuidade em sua estrutura, possibilitam a manifestação de determinados sintomas que muito têm a dizer sobre a condição na qual se encontra o sujeito contemporâneo. A hipótese que levantamos é a de que estas narrativas, ao se firmarem no vaivém entre o limite e o ilimitado, entre a realidade e o sonho, entre o real e o imaginário, entre o mythos e o logos, convocariam o espectador de cinema a vivenciar uma espécie de estranhamento, fazendo-o oscilar, à deriva, entre o desejo de ser enganado e o de tudo saber.

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Biografia do Autor

Henrique Codato, Universidade Federal de Minas Gerais

Mestre em Comunicação pela Universidade de Brasília. Doutorando em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais.

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Publicado

2011-12-08

Edição

Seção

Artigos