Esta é uma versão desatualizada publicada em 2017-01-31. Leia a versão mais recente.

NOTAS SOBRE THOMAS HOBBES E O CONTEXTO HISTÓRICO/ NOTES ON THOMAS HOBBES AND THE HISTORICAL CONTEXT / NOTAS SOBRE THOMAS HOBBES Y EL CONTEXTO HISTÓRICO

Autores

  • Rose Dayanne Santos de Brito Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.22409/rcj.v3i6.132

Palavras-chave:

Hobbes, jusnaturalismo, poder soberano, historiografia, Natural Law Theory, Sovereign Authority, Historiography, historiografía.

Resumo

NOTAS SOBRE THOMAS HOBBES E O CONTEXTO HISTÓRICO: O ARGUMENTO DO DIREITO NATURAL EM DEFESA DO ABSOLUTISMO

Resumo: O presente artigo propõe mostrar que Thomas Hobbes utiliza o conceito de direito natural com o propósito de legitimar o modelo de monarquia absolutista. Primeiro, para entender a teoria política de Hobbes é necessário enfatizar o contexto histórico de guerras civis e conflitos religiosos. Segundo, para refutar os discursos dos opositores teóricos e políticos, Hobbes apresenta os fundamentos do poder soberano e da obediência dos súditos no Leviathan, que tem a publicação repleta de polêmicas na época. Ao final, evidenciamos algumas diferenças de interpretações historiográficas sobre Hobbes que o afirmam ora como defensor de um modelo autoritário e ora como idealizador de um modelo político liberal.

 

NOTES ON THOMAS HOBBES AND THE HISTORICAL CONTEXT: THE NATURAL LAW ARGUMENT IN DEFENSE OF ABSOLUTISM

Abstract: The present article proposes to show that Thomas Hobbes used the concept of natural right in order to legitimize the model of absolute monarchy. First, to understand Hobbes' political theory is necessary to emphasize the historical context of civil wars and religious conflicts. Second, to refute the speeches of the theoretical and political opponents, Hobbes presents fundamentals of sovereign power and obedience of subjects in the Leviathan that had at the time the publication filled with controversy. Finally, we noted some differences in historiographical interpretations of Hobbes who claim him as a defender of an authoritarian model and then as an advocate of a liberal political model.

 

NOTAS SOBRE THOMAS HOBBES Y EL CONTEXTO HISTÓRICO: EL ARGUMENTO DEL DERECHO NATURAL EN DEFENSA DEL ABSOLUTISMO

Resumen: Este artículo se propone mostrar que Thomas Hobbes utiliza el concepto de ley natural para legitimar el modelo de monarquía absolutista. Primero, para comprender la teoría política de Hobbes, es necesario enfatizar el contexto histórico de las guerras civiles y los conflictos religiosos. En segundo lugar, para refutar los discursos de opositores teóricos y políticos, Hobbes presenta los fundamentos del poder soberano y la obediencia de los súbditos en Leviatán, que tuvo una publicación controvertida en ese momento. Al final, mostramos algunas diferencias en las interpretaciones historiográficas sobre Hobbes que lo afirman unas veces como defensor de un modelo autoritario y otras como creador de un modelo político liberal.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rose Dayanne Santos de Brito, Universidade Federal de Santa Catarina

Área: Teoria e História do Direito

Referências

BERCOVICI, Gilberto. Soberania e Constituição: Poder Constituinte, Estado de Exceção e
os Limites da Teoria Constitucional. Tese apresentada ao Concurso de Professor Titular junto
ao Departamento de Direito do Estado – Área de Direito Constitucional da Faculdade de
Direito da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2005.
BODIN, Jean. Os Seis Livros da República. Livro Segundo. Tradução de José Carlos Orsi
Morel. Coleção Fundamentos do Direito. 1° edição. São Paulo: Ícone Editora, 2011.
CORTÉS RODAS, Francisco. El contrato social en Hobbes: ¿absolutista o liberal?. Estud.
polit., Medellín, Dic 2010, n°.37, p.13-32. ISSN 0121-5167.
GROTIUS, Hugo. O direito da guerra e da paz. Trad. Ciro Mioranza – Ijuí: Ed. Unijuí, 2004.
HESPANHA, António Manuel. Cultura jurídica europeia: síntese de um milênio.
Florianópolis: Fundação Boiteux, 2005.
______. Introdução. In: GROTIUS, Hugo. O direito da guerra e da paz. Trad. Ciro Mioranza – Ijuí: Ed. Unijuí, 2004, p. 15-25.
HOBBES, Thomas. Leviatã. Tradução de João Paulo Monteiro; Maria Beatriz Nizza da Silva;
Claudia Berliner. Revisão da Tradução Eunice Ostrensky; Organizado por Richard Tuck. 3ª Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2014. ______. Do cidadão. São Paulo: Martins Fontes, 2002. ______. Diálogo entre um filósofo e um jurista. 2. Ed. São Paulo: Landy, 2004.
KAUFMANN, A; HASSEMER, W. Introdução à filosofia do direito e à teoria do direito
contemporâneas. Lisboa Calouste Gulbenkian, Tradução de Marcos Keel (capítulos 1-5 e 9) e
Manuel Seca de Oliveira (Capítulos 6-8 e 10-15). Revisão científica e coordenação de
António Manuel Hespanha, 2002.
MACPHERSON, C. B. La teoría política del individualismo posesivo: De Hobbes a Locke.
Madrid: Trotta, 2005.
MOREL, J. C. O. Introdução. In: BODIN, Jean. Os Seis Livros da República. Livro
Primeiro. Tradução de José Carlos Orsi Morel. Coleção Fundamentos do Direito. 1° edição.
São Paulo: Ícone Editora, 2011. p. 23-55.
PARRA, José Daniel. Entre Carl Schmitt y Thomas Hobbes: Un estudio del liberalismo
moderno a partir del pensamiento de Leo Strauss. Eidos, Jun 2010, n°12, p.48-86. ISSN 1692- 8857.
POGREBINSCHI, Thmay. O problema da obediência em Thomas Hobbes. Bauru: EDUSC,
2003.
SCHMITT, C. Der Begriff der Politischen. In: Archiv für Sozialwissenschaft und
Socialpolitik, LVIII, 1927, nº. 1, pp. 1-33.
SIMÕES, Bruno.Hobbes às avessas: o direito natural e a crise da democracia liberal.
Doispontos, Curitiba: São Carlos, vol. 6, n. 3 – especial, p.35-63, abril, 2009.
SKINNER, Quentin. Hobbes e a liberdade republicana. Tradução Modesto Florenzano. São
Paulo: Editora Unesp, 2010.
______. Hobbes and the purely artificial person of the state. In: Visions of politics, vol. 3.
Cambridge: Cambridge University Press, p. 177-208, 2002. ______. Hobbes on persons, authors and representatives. In: The Cambridge companion to
Hobbes's Leviathan. Cambridge: Cambridge University Press, p. 157-180, 2007.
STRAUSS, L. The Political Philosophy of Thomas Hobbes: Its Basis and Genesis. Chicago:
The University of Chicago Press, 195. ______.Natural Right and History. Chicago: University of Chicago Press, 1953.
TUCK, Richard. Introdução. In: HOBBES, Thomas. Leviatã. Tradução de João Paulo
Monteiro; Maria Beatriz Nizza da Silva; Claudia Berliner. Revisão da Tradução Eunice
Ostrensky; Organizado por Richard Tuck. 3ª Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2014. p. IX-LIV. ______.Natural Rights Theories: Their Origin and Development. Cambridge: Cambridge
University Press, 1979.
VILLEY, Michel. A formação do pensamento jurídico moderno. Texto estabelecido, revisto e
apresentado por Stéphane Rials. Notas revistas por Eric Desmons. Tradução de Claudia
Berliner. Revisão técnica de Gildo Sá Leitão Rios. 1 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
WIECKER, Franz. História do Direito Privado Moderno. 3ª edição, Fundação Calouste Gui
Benkian, Lisboa, Tradução de A. M. Hespanha, do original intitulado Privatrechtsgeschichte
Der Neuzeit Unter Besonderer Berücksichtigung Der Deutschen Entwicklung, 2ª edição,
Revista Vandenhoeck & Ruprecht, Göttingen, 1967.

Downloads

Publicado

2017-01-31

Versões