GÊNERO, RAÇA E SEXUALIDADE:

A INTERSECÇÃO QUE RESULTOU NA CRIMINALIZAÇÃO DA LGBTFOBIA NO BRASIL

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Resumo

O artigo analisa como as categorias de raça, gênero e sexualidade foram articuladas pelo Supremo Tribunal Federal nos julgamentos da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão 26 e do Mandado de Injunção 4733, destacando suas intersecções e impactos. Utilizando os métodos hipotético-indutivo, revisão bibliográfica e consulta a documentos de fontes secundárias, o estudo se assenta no referencial teórico das Epistemologias do Sul. Foram examinados documentos sobre violências e violações de Direitos Humanos contra pessoas LGBTQIA+ no Brasil entre 2011 e 2019. Constatou-se que esses marcadores sociais influenciaram a decisão do Judiciário, que, em 2019, equiparou a LGBTfobia ao crime de racismo e, em 2023, ao de injúria racial, ampliando a proteção estatal a pessoas LGBTQIA+. O artigo considera essa deliberação um avanço, embora destaque os limites do punitivismo penal, sugerindo a necessidade de futuras pesquisas sobre a aplicabilidade da legislação e seus impactos nas políticas públicas de enfrentamento à violência.

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Biografia do Autor

Cristian Anderson Puhl, Universidade Federal da Fronteira Sul

Mestrando no Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH) da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS/Erechim), com pesquisa em andamento sobre a ocupação de espaços representativos político-partidários e eleitorais por corpos e identidades autodeclaradas LGBTQIA+ no Rio Grande do Sul. Membro do Grupo de Pesquisa Interculturalidade e Intersubjetividade: gênero, orientação sexual, raça e etnia (PPGD/UNOESC). Bolsista CAPES desde agosto de 2024. Jornalista, especialista em Ciências Sociais e em Comunicação e Marketing em Redes Digitais.

Thais Janaina Wenczenovicz, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS)/Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)

Catedrática na Universidade de Salamanca, Centro de Ciências Jurídicas, Espanha (Cátedra CAPES). Docente adjunta/pesquisador sênior na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul/UERGS. Pesquisadora PQg Produtividade/FAPERGS/Faixa 2. Professora Titular no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito/UNOESC. Professora no Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas/Universidade Federal da Fronteira Sul. Membro do Comitê Internacional Global Alliance on Media and Gender (GAMAG) - UNESCO. Co-líder do Grupo de Estudos e Pesquisa Interculturalidade e intersubjetividade: gênero, orientação sexual, raça e etnia/PPGD UNOESC. Membro da Rede de Pesquisa DECLEN Decolonizing and Comparing Legal Experiences Network. Membro da Rede Brasileira de Educação em Direitos Humanos no Rio Grande do Sul. Consultora ad hoc para avaliação de projetos em pesquisa e inovação da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina/FAPESC. Membro do Conselho Estadual dos Povos Indígenas (CEPI/Rio Grande do Sul). Membro sócia-titular da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Membro da Red de Constitucionalismo Crítico de América Latina.

Publicado

2025-02-14