A CARTA SÉTIMA DE PLATÃO, CRÍTICAS À ESCRITA E CONVIVÊNCIA FILOSÓFICA

Autores

  • Marcus Reis Pinheiro UFF

DOI:

https://doi.org/10.1234/enfil.vi1.40461

Palavras-chave:

Educação, Filosofia, História, Ciências Sociais, Educação Popular

Resumo

O presente artigo é uma adaptação de um capítulo de minha tese de doutorado que tem como eixo central apresentar a filosofia em Platão como uma forma de vida. A filosofia antiga – e aqui estamos falando mais especificamente de Platão – não pode se esgotar apenas em defesas de teorias abstratas, mas deve sempre remeter a uma transformação ética daquele que a investiga. Para defender tal tese, são analisados os aspectos da obra de Platão que remetem o aprendizado filosófico a uma experiência profunda e radical de transformação dos valores que norteiam a vida. É a partir desta perspectiva que investigamos, neste artigo, a Carta Sétima, analisando os argumentos que defendem o convívio filosófico ser necessário à rigorosa transmissão do conhecimento.


[1] Cf. Pinheiro, M. R. Experiência Vital e Filosofia Platônica.

[2] Grande defensor de que a filosofia grega em geral – incluindo o helenismo – seja uma forma de vida é Pierre Hadot em praticamente toda sua obra. Ver também Voelke, La philosophie comme thérapie de l’âme, Domanski, La philsophie, théorie ou manière de vivre?

 

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Biografia do Autor

Marcus Reis Pinheiro, UFF

Prof. do Departamento de Filosofia da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Referências

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Publicado

2020-12-29