O “CUIDADO DE SI” NA HERMENÊUTICA DO SUJEITO DE MICHEL FOUCAULT
DOI:
https://doi.org/10.22409/enfil.v1i1.40460Palavras-chave:
Educação, Filosofia, História, Ciências Sociais, Educação PopularResumo
Para a reflexão a que me proponho evoco, principalmente, um conjunto de análises e discussões, a partir do curso proferido por Michel Foucault, no Collége de France, em 1982, publicado posteriormente sob o título de A Hermenêutica do Sujeito. No referido curso, o autor privilegia o tema das práticas de si, das técnicas de subjetivação, do vínculo histórico da subjetividade à verdade, sempre deixando claro que o sujeito suposto por essas técnicas de si, pelas artes da existência é um “eu ético”, antes que um sujeito ideal do conhecimento. Com efeito, não se trata aí de um retorno de Foucault à concepção de sujeito que ele próprio havia criticado anos antes, a de sujeito fonte de sentido, universal constituído, soberano etc., mas do sujeito ora compreendido como passível de transformação, modificável, sujeito que se constrói, que se dá regras de existência e conduta, que se forma através dos exercícios, das práticas e das técnicas.
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