ZUMBI DOS PALMARES: MORTE E VIDA DE UMA OCUPAÇÃO SEM-TETO NA ÁREA PORTUÁRIA DO RIO
DOI:
https://doi.org/10.22409/enfil.v9i14.51602Resumo
O presente artigo busca pensar o conceito de cidade a partir da reconstituição dos quadros sociais da memória e de uma etnografia dos modos de habitar em uma Ocupação sem-teto na cidade do Rio de Janeiro. A Ocupação Zumbi dos Palmares era habitada por 133 famílias e por seis anos esteve localizada na área portuária da cidade, também conhecida como “Pequena África”. Esta região vem sendo “alvo”, desde o ano de 2009, de um amplo projeto de “revitalização” e “renovação urbana”. Os moradores da Zumbi foram retirados de suas moradias entre os dias 13 de Janeiro e 03 de Fevereiro de 2011, após cinco anos de conflitos e negociações com diversas instâncias públicas e jurídicas.
Com a escolha da cidade do Rio de Janeiro para sediar a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, o projeto de “revitalização da área portuária” ganhou força e dezenas de habitações coletivas situadas às margens do Porto foram removidas da região, sendo expressões de uma nova diáspora urbana que ainda assombra a cidade do Rio.
PALAVRAS-CHAVES: Cidade; Porto; Revitalização; Diáspora.
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