De volta a 1964: o papel do intelectual em Florestan Fernandes e Fernando Henrique Cardoso
DOI:
https://doi.org/10.22409/re.v9i0.1894Palavras-chave:
Florestan Fernandes, Fernando Henrique Cardoso, Intelectuais, ditadura militar.Resumo
Esta comunicação está dividida em duas partes. Na primeira, farei um debate sobre a relação entre cultura e política ou, precisamente, sobre o papel do intelectual. Para tanto, discutirei as proposições de Karl Manheim e Antonio Gramsci sobre o papel que deve ser tomado pelos intelectuais ao se relacionarem com a política. Também discutirei o papel crucial exercido pelos intelectuais na vida política brasileira, sobretudo nos anos 1970. Focarei a análise na atuação de Florestan Fernandes e Fernando Henrique Cardoso por considerar as proposições de ambos representativas deste período. Neste momento, os autores se assemelham na forma, vão se distanciar pelo conteúdo de suas análises. Florestan Fernandes possui uma perspectiva político-revolucionária como encaminhamento necessário para vencer os dilemas da modernização brasileira, na qual as promessas da modernidade como igualdade, liberdade e democracia pudessem ser alcançadas; Fernando Henrique Cardoso, por sua vez, propõe uma saída reformista, pautada em uma luta contra o regime burocrático-autoritário como forma de vencer a tradição burocrática e privatista que impedia o Brasil de institucionalizar as promessas da modernidade. Analisarei a relação que ambos terão com a política, de forma a aproximá-los das proposições de Gramsci e Manheim, respectivamente. Aliado a isso, apontarei para a necessidade da retomada da postura intelectual crítica e radical como forma de se contrapor ao conformismo que tem marcado, de forma geral, a prática intelectual contemporaneamente.Downloads
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