Estética e fascismo: sobre a formação dos golpes na América Latina

Autores

  • Felipe Vieira Britto Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.22409/revistaensaios.v13.48505

Resumo

A América Latina experimentou, desde a eleição de Hugo Chávez em 1998, uma onda esmagadora de movimentos progressistas que elegeram governos de esquerda em vários de seus países. Esta onda atraiu os olhares e as movimentações golpistas do maior prejudicado por ela, o imperialismo, que sofisticou e renovou seu antigo método de golpes no terceiro mundo, transformando-os num processo que expressa a relação íntima entre estética e política. Procura-se, no presente artigo, em um primeiro momento, apresentar e relacionar as noções de estética do fascismo e concepção da historiografia burguesa, em Walter Benjamin, e, em um segundo momento, investigar a cronologia do processo de estetização da atividade política que culminou na execução de quase todos os golpes de Estado na América Latina. A demonstração alcançada com esta análise, expressa no último momento, é a de que o processo de ascensão das tendências fascistas resultantes do neogolpismo em todo o continente não se estabeleceram no minuto seguinte aos golpes; antes disso, já se formavam através de uma construção estética elaborada, principalmente, pelo papel dos meios de comunicação de massas nesta nova forma de golpismo. 

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Biografia do Autor

Felipe Vieira Britto, Universidade Federal Fluminense

Graduando em Filosofia (Licenciatura) pela Universidade Federal Fluminense, interessado em Teoria Crítica e na prática pedagógica da Filosofia. Bolsista CAPES pelo Programa Institucional de Residência Pedagógica da UFF. Desde 2019, integra o conselho editorial da Revista África e Africanidades.

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Publicado

2019-12-18

Como Citar

Vieira Britto, F. (2019). Estética e fascismo: sobre a formação dos golpes na América Latina. Ensaios, 13, 46-75. https://doi.org/10.22409/revistaensaios.v13.48505

Edição

Seção

Artigos Originais