A PERCEPÇÃO DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO A PARTIR DA HISTÓRIA MANUALIZADA: a controvérsia da geração espontânea
DOI:
https://doi.org/10.22409/resa2018.v11i1.a21284Resumo
Acredita-se que as histórias internas da ciência sejam produzidas a partir de uma abordagem epistemológica, a qual esteja presente nas produções científicas. Todavia, defende-se a ideia de que a ciência não se reduza apenas aos ingredientes epistemológicos, mas também aos aspectos sociais. Entretanto, nas histórias presentes nos manuais didáticos frequentemente se observa uma apresentação fragmentada. Na biologia, existem vários microcenários com bastidores interessantes para a compreensão da consolidação de um fato. Neste artigo o episódio escolhido trata-se do conhecimento biológico sobre a origem da vida trilhado por abiogenistas e biogenistas presente nos manuais didáticos. Após apresentar a abordagem do tema em alguns manuais didáticos, este artigo busca analisar a percepção de alunos do ensino médio a partir do contato com este tipo de abordagem presente nos manuais por meio da análise de discurso (AD). As análises se deram a partir dos referenciais epistemológicos de Ludwik Fleck. Foi possível identificar entre os alunos a frequência em se reportar apenas a história dos vencedores, de modo que na maioria das vezes os cientistas que não ganharam o prêmio final do embate não se mostraram significativos em seus discursos. Acredita-se que o uso da história e filosofia da ciência (HFC) associada a noção sociológica contribua para uma compreensão mais orgânica da historiografia de microcenários da ciência, aqui nominada como história, filosofia e sociologia da ciência (HFSC). E isso, como possibilidade para se abordar microcenários da ciência em sala de aula, trazendo elementos científicos e extracientíficos que participaram da consolidação de um fato.
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