A monocultura de Eucalipto no município de Lima Duarte (MG): Educabilidades Insurgentes a partir da Educação do Campo
DOI:
https://doi.org/10.22409/resa2020.v0i0.a40195Resumo
Diante de uma multiplicidade discursiva em torno da questão e educação ambiental, discutimos sentidos de educadores/as do campo sobre a problemática da monocultura de eucalipto na zona rural do município de Lima Duarte- MG, utilizando a Análise Crítica do Discurso (ACD) como referencial teórico-metodológico. O problema social que moveu essa investigação se relacionou com o modo como a escola (e seus sujeitos) comumente significa processos de problemas/conflitos/injustiças ambientais a partir de discursos desenvolvimentistas que circulam em seu ambiente, o que sinaliza uma fragilidade em processos educativos, que podem legitimar práticas que sustentam a permanência de sujeitos em situação de vulnerabilidade socioambiental. O estudo parte de um diálogo entre a Educação do Campo e a Educação Ambiental para a Justiça Ambiental, pelo fato de ambos os campos afirmarem processos educativos insurgentes contextualizados ao território, reconhecendo historicamente as inúmeras lutas travadas por sujeitos que vivenciam situações de degradação ambiental. Assim, frente às concepções hegemônicas que asseguram o contexto de assimetrias ambientais, como a expropriação territorial das populações rurais e dos povos e comunidades tradicionais, recorremos neste estudo às educabilidades que emergem nos contextos locais, a fim de anunciar pedagogias insurgentes na escola, que potencializem a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A partir das análises, destacamos a possibilidade de mudança discursiva dos sujeitos entrevistados no que se refere às significações sobre o ambiente e a educação, frente às concepções hegemônicas que asseguram o contexto de assimetrias ambientais locais.Downloads
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