Educação Ambiental para conservação dos recursos naturais e sua relação com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
DOI:
https://doi.org/10.22409/resa2024.v17.a55364Palavras-chave:
educação ambiental, desenvolvimento sustentável, Política Nacional de Educação AmbientalResumo
Nas últimas décadas, cresce a preocupação com a utilização e preservação dos recursos naturais para atender às necessidades das gerações presentes e futuras. Nesse contexto, a Educação Ambiental (EA) emerge como ferramenta essencial para promover a conscientização e o desenvolvimento sustentável. O marco global para sua incorporação em políticas de desenvolvimento foi consolidado em 2015, com a aprovação da Agenda 2030, composta por 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas. Este artigo tem como objetivo destacar a educação ambiental como instrumento estratégico para a conservação dos recursos naturais e sua relação com os ODS. A pesquisa baseia-se em levantamento bibliográfico e análise documental da Agenda 2030, identificando sete objetivos cujas metas possuem vínculo direto com a EA. A partir disso, confrontaram-se os princípios da Política Nacional de Educação Ambiental com as metas globais, propondo medidas viáveis para integrar a EA no contexto educacional. Constatou-se que a EA é crucial para alcançar as metas dos ODS, mas sua aplicação ainda carece de transversalidade, interdisciplinaridade e continuidade. Essa realidade exige atenção para que estratégias educativas sejam implementadas e os objetivos da Agenda 2030 sejam plenamente atingidos.
Downloads
Referências
AKKARI, Abdeljalil. A agenda internacional para educação 2030: consenso “frágil” ou instrumento de mobilização dos atores da educação no século XXI? Revista Diálogo Educacional, v. 17, n. 53, p. 937-958, 2017. https://doi.org/10.7213/1981-416X.17.053.AO11
ASLAN, Jan Fernandes; PINTO, Augusto Eduardo Miranda; OLIVEIRA, Manildo. Poluição do meio ambiente marinho: um breve panorama dos princípios, instrumentos jurídicos e legislação brasileira. Planeta Amazônia: Revista Internacional de Direito Ambiental e Políticas Públicas, n. 9, p. 175-186, 2018. Disponível em: https://bit.ly/3OJj44g. Acesso em: 28 fev. 2022.
BANGAY, Colin; BLUN, Nicole. Education responses to climate change and quality: two parts of the same agenda? International Journal of Educational Development, v. 30, n. 4, p. 359-368, 2010. https://doi.org/10.1016/j.ijedudev.2009.11.011
BENITES, Maristela; MAMEDE Simone. Mamíferos e aves como instrumentos de educação e conservação ambiental em corredores de biodiversidade do Cerrado, Brasil. Mastozoología Neotropical, v. 15, n. 2, p. 261-271, 2008. Disponível em: http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0327-93832008000200013&lng=es&nrm=iso. Acesso em: 25 fev. 2022.
BRANDALISE, Loreni et al. Educação e gestão ambiental: sustentabilidade em ambientes competitivos. 2. ed. Cascavel, PR: DRHS, 2017.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei no 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. 1999. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm. Acesso em: 5 dez. 2021.
COSTA, Haroldo Pereira; AGUIAR, Denise Regina; CASTRO, Cristina Veloso de. Educação Ambiental e sua relação com o saneamento básico e a saúde pública no município de Porto Nacional (TO). Revista Brasileira de Educação Ambiental, v. 14, n. 2, p. 354-371, 2019. https://doi.org/10.34024/revbea.2019.v14.2659
CUSTÓDIO, Ronaldo dos Santos. Energia eólica para produção de energia elétrica. Rio de Janeiro: Eletrobrás, 2009.
DIAS, Sandra Maria Furiam et al. Considerações sobre educação ambiental e saneamento. In: BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Orientações Metodológicas para Programa de Educação Ambiental em Saneamento para Pequenos Municípios. Brasília: Funasa, 2014. p. 7-12. Disponível em: http://www.funasa.gov.br/site/wp-content/files_mf/orient_ed_sa_caderno1.pdf . Acesso em: 10 dez. 2021.
FAO. Food and Agriculture Organization of the United Nations. Code of Conduct for Responsible Fisheries. Roma: FAO, 1995. Disponível em: https://bit.ly/4ismnuo. Acesso em: 09 dez. 2024.
FREITAS, Natália Teixeira Ananias.; MARIN, Fátima Aparecida Dias Gomes. Educação ambiental e água: concepções e práticas educativas em escolas municipais. Nuances: estudos sobre Educação, v. 26, n. esp. 1, p. 234-253, 2015. https://doi.org/10.14572/nuances.v26i0.2813
FURTADO, Lourdes Gonçalves. Dinâmicas sociais e conflitos de pesca na Amazônia. Belém: UFPA, 1993.
GIDDENS, Anthony. A política da mudança climática. Rio de Janeiro: J. Zahar, 2010.
GIROTTO, Francesca; ALIBARDI, uca.; COSSU, Raffaello. Food waste generation and industrial uses: A review. Waste management, v. 45, p. 32-41, 2015. https://doi.org/10.1016/j.wasman.2015.06.008
GIROUX, Henry. A prática política dos estudos culturais. Porto Alegre: ARTMED, 2003.
HANAI, Frederico Yuri. Desenvolvimento sustentável e sustentabilidade do turismo: conceitos, reflexões e perspectivas. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, v. 8, n. 1, p. 198-231, 2012. Disponível em: https://www.rbgdr.net/revista/index.php/rbgdr/article/view/589. Acesso em: 25 jan. 2022.
ISLAS, Camila; BEHLING, Greici. Problematizando a temática do tráfico de animais silvestres e do cativeiro ilegal na sala de aula: perspectivas da educação ambiental na percepção de professores da educação básica. Pesquisa em Educação Ambiental, v. 11, n. 1, p. 66-80, 2016. https://doi.org/10.18675/2177-580X.vol11.n1.p66-80
JACOBI, Pedro et al. Mudanças climáticas globais: a resposta da educação. Revista Brasileira de Educação Ambiental, v. 16, n. 46, p. 135-148, 2011. https://doi.org/10.1590/S1413-24782011000100008
JACOBI, Pedro. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Cadernos de Pesquisa, v. 118, n. 3, p. 189-205, 2003. https://doi.org/10.1590/S0100-15742003000100008
LÆSSØE, Jeppe et al. Climate change and sustainable development: The response from education: A cross-national report from International Alliance of Leading Education Institutes. Aarhus: The Danish School of Education - Aarhus University, 2009. Disponível em: https://bit.ly/49rCyEo. Acesso em: 25 jan. 2022.
LAMIM-GUEDES, Valdir. Pegada ecológica: consumo de recursos naturais e meio ambiente. Educação Ambiental em ação, v. 10, n. 38, 2011. Disponível em: https://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1168. Acesso em: 28 out 2023.
MARENGO, Jose Antônio. Água e mudanças climáticas. Estudos Avançados, São Paulo, v. 22, n. 63, p. 83-96, maio/ago. 2008. https://doi.org/10.1590/S0103-40142008000200006
NEY, Marlon Gomes; CARVALHO, Ailton Mota de; SOUZA, Paulo Marcelo de. Desigualdade entre ricos e pobres no acesso à educação no Brasil rural e urbano. In: CONGRESS, 46., 20-23 jul. 2008, Rio Branco. 110016. Anais… Rio Branco: Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural (SOBER), 2008. Disponível em: https://ideas.repec.org/p/ags/sbrfsr/110016.html. Acesso: 09 dez. 2024.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. 2015. Disponível em: https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/Brasil_Amigo_Pesso_Idosa/Agenda2030.pdf. Acesso em: 29 nov. 2020.
PAULINO, Tiago de Freitas et al. Oficinas educacionais: atividade de extensão como método para a melhor utilização da energia para estudantes do ensino fundamental. Revista Brasileira de Educação Ambiental, São Paulo, v. 11, n. 5, p. 139-151, 2017. https://doi.org/10.34024/revbea.2016.v11.2353
RIBEIRO, Andréa Luciana; ALMEIDA, Ronise Nascimento de. N. Educação Ambiental para a conservação do rio São Francisco: da percepção a ação. Revista Brasileira de Educação Ambiental, São Paulo, v. 14, n. 2, p. 9-29, 2019. https://doi.org/10.34024/revbea.2019.v14.2654
SACHS, Ignacy. Caminhos para o desenvolvimento sustentável. Tradução de José Lins Albuquerque Filho. 4. ed. Rio de Janeiro: Garamond, 2002.
SILVA, Antonio Hevertton Martins et al. Avaliação da gestão de resíduos sólidos urbanos de municípios utilizando multicritério: região norte do Rio de Janeiro. Brazilian Journal of Development, São José dos Pinhais, v. 4, n. 2, p. 410-429, abr./jun. 2018. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/59/0. Acesso em: 30 nov. 2021.
SOUZA, Cezarina Maria Nobre; FREITAS, Carlos Machado. A produção científica sobre saneamento: uma análise na perspectiva da promoção da saúde e da prevenção de doenças. Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 15, n. 1, p. 65-74, jan./mar. 2010. https://doi.org/10.1590/S1413-41522010000100008
TAGLIAPIETRA, Odacir Miguel; CARNIATTO, Irene. A interdisciplinaridade na Educação Ambiental como instrumento para a consolidação do Desenvolvimento Sustentável. Revista Brasileira de Educação Ambiental, v. 14, n. 3, p. 75-90, 2019. https://doi.org/10.34024/revbea.2019.v14.9353
TRISTÃO, Martha. A educação ambiental e os contextos formativos na transição de paradigmas. In: REUNIÃO ANUAL DA ANPED, 30., 2007, Caxambu. Anais... Caxambu: ANPEd, 2007. Disponível em: https://anped.org.br/biblioteca/a-educacao-ambiental-e-os-contextos-formativos-na-transicao-de-paradigmas/. Acesso em: 30 jan. 2021.
UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME. Food Waste Index Report 2024. Think Eat Save: Tracking Progress to Halve Global Food Waste. 2024. Available at: https://wedocs.unep.org/20.500.11822/45230. Accessed on: Dec. 10, 2024.
UNITED NATIONS. Goal 14: conserve and sustainably use the oceans, seas and marine resources. Sustainable Development Goals, 2017. Disponível em: https://www.un.org/sustainabledevelopment/oceans/ Acesso em: 5 dez. 2021.
WROBEL, Fernanda Campos Maia. O papel da educação ambiental no estudo das fontes renováveis de energia nas escolas brasileiras. Interfaces Científicas-Direito, v. 3, n. 2, p. 73 87, 2015. https://doi.org/10.17564/2316-381X.2015v3n2p73-87
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Jéssica Alves da Silva, Wesley Fernandes Araújo Araújo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores que publicam nesta Revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito da primeira publicação.
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicado nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e da publicação inicial nesta revista.