Sobre escrita (na academia) que refaz nascentes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/resa2024.v17.a58665

Palavras-chave:

escrevivência, escrita amazônida, ribeirinhagem

Resumo

A tecitura do presente texto é uma espécie de rememor.ação de certa escrita, na academia, que se dá não a partir de constructos teóricos a respeito de interseccionalidades, por exemplo, e sim acionando, sobretudo, saberes presentes numa corpa ~ coletiva ~ enquanto mulher amazônida com pertenças originárias e indígenas, paraense e palestinense; das margens do Araguaia; filha/neta/bisneta de quebradeiras de coco babaçu... A escrita que segue é expressão dessa corpa encantada no encontro com as águas de minhas mais velhas, de saberes ancestrais e construções textuais, especialmente, de mulheres originárias e africanas.

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Biografia do Autor

Áurea Alves Cardoso, Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Amazônida, do Araguaia paraense; bisneta, neta e filha de quebradeiras de coco babaçu; mestra e doutora em psicologia pelo PPGP-UFF (Estudos da Subjetividade).

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Publicado

2024-07-11

Como Citar

Cardoso, Áurea A. (2024). Sobre escrita (na academia) que refaz nascentes. Ensino, Saude E Ambiente, 17, Publicado em 10/7/2024. https://doi.org/10.22409/resa2024.v17.a58665

Edição

Seção

Dossiê Interseccionalidades