A percepção ambiental em um espaço de educação não-formal: um estudo com alunos do Ensino Fundamental no Parque Estadual da Cachoeira da Fumaça, Espírito Santo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/resa2021.v14i2.a41179

Palavras-chave:

Ensino Fundamental, Parque Estadual da Cachoeira da Fumaça, percepção ambiental, Unidades de Conservação

Resumo

Este trabalho teve como objetivo analisar a percepção ambiental de alunos do Ensino Fundamental, visitantes do Parque Estadual da Cachoeira da Fumaça. Para isso, 80 alunos de 6º a 9º ano do Ensino Fundamental participaram das atividades de Educação Ambiental oferecidas pelo local, e no fim da visitação foi aplicado um questionário composto de questões abertas e fechadas, onde para as perguntas fechadas utilizou-se a escala de Likert. A partir dos resultados obtidos, observou-se que a Unidade de Conservação é apontada pelos alunos como um local importante para conservação ambiental, ressaltando a proteção de espécies da fauna e da flora; o contato com a natureza, devido à beleza cênica do local, e, por fim, a aproximação com os conteúdos estudados em sala de aula, apontando questões relacionadas à Educação Ambiental. Conclui-se que o Parque Estadual da Cachoeira da Fumaça é um espaço de educação não-formal com potencial para desenvolver atividades relacionadas a Educação Ambiental, que fortalecem o desenvolvimento do pensamento crítico de seus alunos visitantes quantos às questões ambientais, sensibilizando os mesmos quanto a sua importância para a conservação ambiental e para a sociedade, em geral.

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Biografia do Autor

Manoel Augusto Polastreli Barbosa, Universidade Federal do Espírito Santo, Alegre, ES

Doutorando Profissional em Educação em Ciências e Matemática (IFES). Mestre em Ensino, Educação Básica e Formação de Professores (PPGEEDUC) - UFES (Campus Alegre). Professor Formador do Curso de Complementação Pedagógica - IFES Campus Piúma. Membro do grupo de pesquisa HISTOFIC (História e Filosofia da Ciência: desenvolvimento, fundamentos e práxis educacional) - IFES. Desenvolve pesquisas e atua na área de História e Filosofia da Ciência, Ensino de Ciências, Ensino de Geografia, Espaços Não-Formais de Educação, Tecnologias Educacionais, Mídias na Educação, Educação à Distância, Currículo e Formação de Professores.

Juliana Rosa do Pará Marques de Oliveira, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES

Possui Licenciatura Ciências Biológicas (2003) e Bacharelado em Ciências Biológicas (2004) pela Universidade de Brasília e mestrado em Biologia Vegetal pela Universidade Federal de Pernambuco (2007). Doutora em Biologia Vegetal pela Universidade Federal de Pernambuco (2013), especialista em filogenia e taxonomia de musgos pleurocárpicos, particularmente da família Meteoriaceae. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Taxonomia, Filogenia e Ecologia de Briófitas, e na área de Ensino de Ciências e Formação Continuada de Professores, atuando principalmente nos seguintes temas:taxonomia de briófitas, conservação ambiental, bioindicação e ensino de ciências. Atualmente é professora da Universidade Federal do Espírito Santo, campus Alegre, onde atua no ensino e pesquisa em Ecologia e Sistemática de Criptógamos, especialmente Briófitas. É membro do Programa de Pós-Graduação em Ensino, Educação Básica e Formação de Professores (PPGEEDUC/UFES), orientando na linha de pesquisa de ensino de Ciências e espaços não-formais de ensino.

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Publicado

2022-02-27

Como Citar

Barbosa, M. A. P., & Oliveira, J. R. do P. M. de. (2022). A percepção ambiental em um espaço de educação não-formal: um estudo com alunos do Ensino Fundamental no Parque Estadual da Cachoeira da Fumaça, Espírito Santo. Ensino, Saude E Ambiente, 14(2), 784-807. https://doi.org/10.22409/resa2021.v14i2.a41179

Edição

Seção

Artigos