Sofrimento de Sávio: estigma de ser doente mental em Fortaleza

Autores

  • Taís Castelo Branco Crisóstomo de Araújo Universidade de Fortaleza
  • Virginia Moreira Universidade de Fortaleza
  • Francisco Silva Cavalcante Júnior Universidade de Fortaleza

Palavras-chave:

Estigma, Doença mental, Sofrimento psíquico

Resumo

Este artigo descreve um estudo de caso etnográfico realizado com Sávio, 20 anos, diagnosticado com transtorno somatoforme na Psiquiatria de um hospital público de Fortaleza. Durante o ano de 2005, foram realizadas visitas semanais ao seu bairro, com o objetivo de compreender a experiência vivida do estigma no seu cotidiano. A lente fenomenológica “mundana” atuou na leitura de seu mundo vivido/lebenswelt. O conteúdo foi compreendido na perspectiva da Antropologia da Experiência; a etnografia foi o método de pesquisa. Os resultados mostraram que o estigma está presente no bairro e nas relações cotidianas de Sávio. O auto-estigma foi a marca mais relevante geradora de sofrimento psíquico.

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Biografia do Autor

Taís Castelo Branco Crisóstomo de Araújo, Universidade de Fortaleza

Psicóloga formada pela Universidade de Fortaleza, com formação em Psicologia Clínica Humanista-Fenomenológica sob a orientação da Profª Dra. Virginia Moreira; bolsista PIBIC/CNPq/UNIFOR, quando da produção do artigo.

Virginia Moreira, Universidade de Fortaleza

Virginia Moreira é Professora Titular do Mestrado em Psicologia da Universidade de Fortaleza, onde coordena o APHETO - Laboratório de Psicopatologia e Psicoterapia Humanista Fenomenológica Crítica. É Visiting Lecturer no Departamento de Medicina Social de Harvard Medical School e Professora Colaboradora do Magíster en Psicología Clínica da Universidad de Santiago de Chile. É Doutora em Psicologia Clínica pela PUC-SP (1990), com Pós-Doutorado em Antropologia Médica por Harvard University, onde esteve como Professora Visitante Fulbright do Departamento de Medicina Social durante o ano acadêmico 2002-2003. É psicoterapeuta, com formação no Enfoque Centrado na Pessoa (1985) com John K. Wood (Center of Studies of the Person, La Jolla, U.S.A.) e Rachel Rosenberg (USP-SP). É supervisora clínica credenciada pela Sociedad Chilena de Psicología Clínica e membro da Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental. Em 2001 publicou no Chile o livro Más Allá de la Persona: hacia una psicoterapia fenomenológica mundana, Editorial Universidad de Santiago de Chile; em 2002 publicou no Brasil seu segundo livro, em co-autoria com Tod Sloan, da Georgetown University, Personalidade, Ideologia e Psicopatologia Crítica, Editora Escuta, São Paulo; em 2005 publicou Mulher feita de azul: fenomenologia da intimidade, Editora ABC; em 2007 publicou o livro De Carl Rogers a Merleau-Ponty: a pessoa mundana em psicoterapia, Editora Annablume, São Paulo. Publicou capítulos de livros e artigos em periódicos científicos nacionais e internacionais sobre clínica humanista-fenomenológica e psicopatologia.

Francisco Silva Cavalcante Júnior, Universidade de Fortaleza

Prof. Ph.D. da Graduação e do Mestrado em Psicologia da Universidade de Fortaleza, coordenador da RELUS – Rede Lusófona de Estudos da Felicidade; colaborador do Laboratório de Psico(pato)logia Crítica-Cultural.

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Publicado

2008-10-04

Como Citar

ARAÚJO, T. C. B. C. DE; MOREIRA, V.; CAVALCANTE JÚNIOR, F. S. Sofrimento de Sávio: estigma de ser doente mental em Fortaleza. Fractal: Revista de Psicologia, v. 20, n. 1, p. 119-128, 4 out. 2008.

Edição

v. 20 n. 1 (2008): Fractal: Revista de Psicologia

Seção

Artigos

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