Nós e linhas: pesquisando a relação família-equipe

Autores

  • Roberta Carvalho Romagnoli PUC-Minas
  • Nina Rosa Magnani Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Palavras-chave:

intervention-research, schizoanalysis, family, subjectivation process

Resumo

Esse texto apresenta os resultados parciais da pesquisa-intervenção financiada pela FAPEMIG, que tem como objetivo problematizar as relações no território equipe-família, evidenciando o que dificulta a participação da família no tratamento das crianças atendidas no Centro Psicopedagógico Renato de Avelar Azeredo – CPP – de Nova Lima, como demanda da equipe de profissionais. Nesse contexto, examina o percurso trilhado com a equipe de terapia familiar, refletindo acerca de nossas intervenções como um intercessor para a criação de outra relação com esses grupos. Para tal, utiliza um caso clínico analisado em seus movimentos e vetores, perseguindo as linhas ora estratificadas, ora inventivas, que atravessam esse plano de forças. Embora a terapia familiar seja somente uma forma de se trabalhar com famílias, concluímos que o processo promoveu efeitos potencializadores na equipe, gerando outra forma de se conectar com esses grupos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Roberta Carvalho Romagnoli, PUC-Minas

Professora Adjunto III do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC-Minas

Referências

BADINTER, E. Um amor conquistado: o mito do amor materno. 5. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

BAREMBLITT, G. Compêndio de Análise Institucional e outras correntes. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1992.

BRASIL. Casa Civil. Código de Menores Mello Mattos. Decreto nº 17.943-A de 12 de outubro de 1927. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1910-1929/D17943A.htm>. Acesso em: 03 abr. 2010.

BRASIL. Casa Civil. Código de Menores. Lei nº 6.697, de 10 de outubro de 1979. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L6697.htm>. Acesso em: 05 abr. 2010.

BRASIL. Estatuto da criança e do adolescente. 10 ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2001. (Legislação Brasileira).

BRASIL. Lei orgânica da assistência social – 1993 – LOAS. 2 ed. Brasília: Ministério Público da Previdência e Assistência Social/Secretaria de Estado da Assistência Social, 2003.

CASTRO, L. R. Políticas científicas e modos de subjetivação do pesquisador: um outro mundo (acadêmico) é possível? In: ENCONTRO NACIONAL DA ANPEPP, 13., 2010, Fortaleza. Anais... Fortaleza: [s. n.], 2010.

COSTA, J. F. Ordem médica e norma familiar. 3. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1989.

DELEUZE, G. Conversações. Rio de Janeiro: Ed 34, 1992.

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. 1933: micropolítica e segmentaridade. In: ______. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1996. v. 3, p. 83-115.

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. 7000 AC – Aparelho de captura. In: ______. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: Editora 34, 1997. v. 5, p. 111-177.

DELEUZE, G.; PARNET, C. Diálogos. São Paulo: Escuta, 1998.

FONSECA, T. M. G.; KIRST, P. G. (Org.). Cartografias e devires: a construção do presente. Porto Alegre: UFRGS, 2003.

FOUCAULT, M. Nietzsche, a genealogia e a história. In: ______. Microfísica do poder. 20. ed. Rio de Janeiro: Graal, 2004. p. 15-37.

FROTA, G. da C. A cidadania da infância e da adolescência. In: CARVALHO, A. et al. (Org.). Políticas públicas. Belo Horizonte: UFMG/PROEX, 2002. cap. 3, p. 59-85.

GUATTARI, F. Caosmose: um novo paradigma estético. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992.

HAESBAERT, R. Território e desterritorialização em Deleuze e Guattari. In: ______. O mito da desterritorialização. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006. p. 99-141.

KASTRUP, V. O método da cartografia e os quatro níveis da pesquisa-intervenção In: CASTRO, L. R.; BESSET, V. L. (Org.). Pesquisa-intervenção na infância e juventude. Rio de Janeiro: Trarepa/FAPERJ, 2008. p. 465-489.

LOURAU, R. Objeto e método da Análise Institucional. In: ALTOÉ, S. (Org.). René Lourau: analista institucional em tempo integral. São Paulo: Hucitec, 2004. p. 66-86.

MONCEAU, G. Implicação, sobreimplicação e implicação profissional. Fractal: Revista de Psicologia, Niterói, v. 20, n. 1. p. 19-26, jan./jun. 2008.

MOURA, S. M. S. R. de; ARAÚJO, M. de F. Produção de sentidos sobre a maternidade: uma experiência no Programa Mãe Canguru. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 10, n. 1, jan./abr. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722005000100006&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 02 mar. 2007.

NEVES, C. A. B.; HECKERT, A. L. C. Micropolítica do processo de acolhimento em saúde. Estudos e Pesquisas em Psicologia, Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, p. 151-168, 2010. Disponível em: <http://www.revispsi.uerj.br/v10n1/artigos/pdf/v10n1a11.pdf>. Acesso em: 09 abr. 2010.

PASSOS E. et al. Entrevista com Gilles Monceau. Fractal: Revista de Psicologia, Niterói, v. 20, n. 1, p. 311-317, jan./jun. 2008.

PASSOS, E.; KASTRUP, V.; ESCÓSSIA, L. Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção da subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2009.

ROCHA, M. L. Psicologia e as práticas institucionais: a pesquisa intervenção em movimento. PSICO, Porto Alegre, v. 37, n. 2, p. 169-174, mai./ago. 2006.

ROMAGNOLI, R. C. A formação dos psicólogos e a saúde pública. Pesquisas e Práticas Psicossociais, São João Del Rey, v. 1, n. 2, dez. 2006. Disponível em: http://www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/revistalapip/RobertaRomagnoli.pdf. Acesso em: 12 maio 2007.

SANTOS, B. de S.; ALMEIDA FILHO, N. de. A universidade do século XXI: para uma universidade nova. São Paulo: Cortez, 2005.

SARTI, C. A. Famílias enredadas. In: ACOSTA, A. R.; VITALE, M. A. (Org.). Família: redes, laços e políticas públicas. 3. ed. São Paulo: Cortez/IEC PUC SP, 2007. p. 21-36.

SAWAIA, B. B. Família e afetividade. In: ACOSTA, A. R.; VITALE, M. A. (Org.). Família: redes, laços e políticas públicas. 3. ed. São Paulo: Cortez/IEC PUC SP, 2007. p. 39-50.

VEIGA-NETO, A. Olhares. In: COSTA, M. V. (Org.). Caminhos investigativos: novos olhares em pesquisa em educação. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. p. 23-38.

Downloads

Publicado

2012-09-04

Como Citar

ROMAGNOLI, R. C.; MAGNANI, N. R. Nós e linhas: pesquisando a relação família-equipe. Fractal: Revista de Psicologia, v. 24, n. 2, p. 287-306, 4 set. 2012.

Edição

Seção

Artigos