Subjetividade & complexidade na clínica psicológica: superando dicotomias

Autores

  • Maurício S. Neubern Departamento de Psicologia Clínica (PCL), Instituto de Psicologia (IP)Universidade de Brasília (UnB)

Palavras-chave:

clínica psicológica, complexidade, subjetividade, sujeito

Resumo

O presente trabalho busca propor conceitos fundamentados no pensamento complexo para as dicotomias clássicas de corpo-mente e indivíduo-social. Partindo de uma breve ilustração clínica, destaca-se como os processos subjetivos são encarnados na vivência corporal das pessoas, por meio da noção de subjetividade, e como existe uma flexibilização maior entre individual e social por meio da noção de sujeito. Conclui-se que, para que essa noção complexa e dialética seja implementada, não é suficiente que se proponha um novo conceito, mas um conjunto de conceitos que, irmanados dentro de uma lógica complexa, proporcionem uma nova forma de pensar a clínica.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maurício S. Neubern, Departamento de Psicologia Clínica (PCL), Instituto de Psicologia (IP)Universidade de Brasília (UnB)

Professor Adjunto, Departamento de Psicologia Clínica (PCL), Instituto de Psicologia (IP), Universidade de Brasília (UnB). Docente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura, projeto de pesquisa "Complexidade das Relações Terapêuticas"

Referências

ANDERSON, H. Conversation, language and possibilities. New York: Basic Books, 1997.

CSORDAS, T. The sacred self: a cultural phenomenology of charismatic healing. Berkley: University of Califórnia Press, 1997.

CSORDAS, T. Body/Meaning/Healing. New York: Palgrave/MacMillan, 2002.

DESOILLE, R. Méthode du rêve éveillé: sublimation et acquisitions psychologiques. Paris: J. L. D’Atrey, 1938.

ELLENBERGER, H. The discovery of the unconscious. New York: Basic Books, 1970.

ELLIOT, A; LEMERT, C. The new individualismo: the emotional costs of globalization. New York: Routledge, 2009.

ERICKSON, M. Healing in hypnosis. New York: Irvington, 1983.

ERICKSON, M.; ROSSI, E. Hypnotherapy: an exploratory casebook. New York: Irvington, 1979.

FERRARI, D.; VENCINA, T. O fim do silêncio na violência familiar. São Paulo: Ágora, 2002.

FOUCAULT, M. La naissance de la clinique. Paris: PUF, 2000.

GALLAGHER, S. How the body shapes the mind. New York: Clarendon, 2005.

GALLAGHER, S.; ZAHAVI, D. The phenomenological mind. New York: Routledge, 2008.

GERGEN, K. Realidad y relaciones. Barcelona: Paidós, 1996.

GONZALEZ REY, F. Problemas epistemológicos de psicología. La Habana: Academia, 1996.

GONZALEZ REY, F. O social na psicologia e a psicologia social. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.

GONZALEZ REY, F. Psicoterapia, subjetividade e pós-modernidade. São Paulo: Thomsom, 2007.

GONZALEZ REY, F. Subjetividade e saúde: superando a clínica da patologia. São Paulo: Cortez, 2011.

GOOLISHIAN, H.; ANDERSON, H. Narrativa e self: alguns dilemas pós-modernos da psicoterapia. In: FRIED-SCHNITMAN, D. (Org.). Novos paradigmas, cultura e subjetividade. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. p. 191-202.

HACKING, I. Múltiplas personalidades e ciências da memória. São Paulo: J. Olímpyo, 2000.

JOHNSON, M. The body in the mind: the bodly basis of meaning, imagination and reason. Chicago: Chicago Universtity Press, 1987.

MERLEAU-PONTY, M. La structure du comportement. Paris: PUF, 2005.

MERLEAU-PONTY, M. Phénoménologie de la Perception. Paris: Gallimard, 2008.

MORIN, E. Science avec conscience. Paris: Seuil, 1990.

MORIN, E. La méthode: les idées. Paris: Seuil, 1991. v. 4.

MORIN, E. La méthode: l’humanité de l’humanité. Paris: Seuil, 2001. v. 5.

NEUBERN, M. La psychologie clinique dans la crise du paradigme dominant: du malaise aux possibilités épistémologiques. Psychotherapies, v. 23, n. 2, p. 81-88, 2003.

NEUBERN, M. Complexidade e psicologia clínica: desafios epistemológicos. Brasília: Plano, 2004.

NEUBERN, M. Hipnose, dor e subjetividade: questões teóricas e clínicas. Psicologia em Estudo, [S.l.], v. 14, n. 2, p. 303-310, 2009a.

NEUBERN, M. Psicologia, hipnose e subjetividade: revisitando a história. Belo Horizonte: Diamante, 2009b.

NEUBERN, M. Psicoterapia, dor e complexidade: construindo o contexto terapêutico. Psicologia: Teoria & Pesquisa, [S.l.], v. 26, n. 3, p. 515-523, 2010.

NEUBERN, M. Fenomenologia, hipnose e dores crônicas: passos para uma compreensão clínica. Estudos e Pesquisas em Psicologia, v. 14, n. 1, p. 144-167, 2014.

PAGES, M. Complextié, conflitualité, intégration. In: DELOURNE, A. (Org.). Pour une psychothérapie plurielle. Paris: Retz, 2001. p. 57-72.

PEIRCE, C. Signs. In: ______. Selected philosophical writings. Bloomington: Indiana University Press, 1998, p. 4-10.

ROUSTANG, F. La fin de la plainte. Paris: Odile Jacob, 2000.

SARTRE, J.-P. L’imaginaire. Paris: Gallimard, 2005.

VASCONCELLOS, M. J. Terapia familiar sistêmica: bases cibernéticas. Campinas, SP: PsyII, 1995.

WHITE, M. Maps of narrative practice. New York: Norton & Company, 2007.

Downloads

Publicado

2014-12-28

Como Citar

NEUBERN, M. S. Subjetividade & complexidade na clínica psicológica: superando dicotomias. Fractal: Revista de Psicologia, v. 26, n. 3, p. 835-852, 28 dez. 2014.

Edição

Seção

Artigos