Cuidados paliativos: desafios para cuidadores e profissionais de saúde
Palavras-chave:
Cuidados Paliativos, profissionais de saúde, psicólogos, cuidadores, qualidade de vidaResumo
Os Cuidados Paliativos (CP) visam à humanização do cuidado, à diminuição do sofrimento e à preservação da qualidade de vida do paciente em estado terminal e de sua família. Os objetivos foram conhecer os discursos e as práticas sobre os CP, e as dificuldades no exercício desses cuidados. O método foi quantiqualitativo. Os participantes foram profissionais de saúde e cuidadores NÃO profissionais (N=59) de dois hospitais de Campina Grande-PB. Os instrumentos foram um questionário e uma entrevista. A análise dos dados orientou-se pela análise da enunciação. A análise dos discursos mostrou que os CP são entendidos como práticas voltadas ao alívio da dor; ao amparo à família do paciente e ao uso de medicamentos. Existem dúvidas quanto aos fazeres do psicólogo nos CP, ainda que sejam efetuadas práticas correlatas. Este estudo foi relevante porque poderá indicar políticas públicas voltadas à promoção da qualidade de vida de pessoas com doenças terminais.
Downloads
Referências
ALMEIDA, E. C. de. O psicólogo no hospital geral. Psicologia: Ciência e Profissão, Brasília, v. 20, n. 3, p. 24-27, set. 2000.
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS. O que são Cuidados Paliativos? 2009. Disponível em: <http://www.paliativo.org.br/ancp.php?p=oqueecuidados>. Acesso em: 9 abr. 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 3.535, de 02 de setembro de 1998. 1998. Disponível em: < http://www.saude.mg.gov.br/images/documentos/portaria_3535.pdf>. Acesso em: 15 maio 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 881, de 19 de junho de 2001. 2001. Disponível em: <http://sna.saude.gov.br/legisla/legisla/informes/GM_P881_01informes.doc>. Acesso em: 15 maio 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria GM/MS n.º 19, de 03 de janeiro de 2002. 2002a. Disponível em: <http://www.saude.mg.gov.br/images/documentos/portaria_019.pdf>. Acesso em: 15 maio 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 1.319 de 23 de julho de 2002. 2002b. Disponível em: < http://www.saude.mg.gov.br/images/documentos/portaria_1319.pdf>. Acesso em: 22 maio 2015.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Ed. 70, 1977.
CABRAL, W. B. A atuação do psicólogo no hospital para a promoção de saúde. Rede Psi, 2007. Disponível em: < http://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/3930/a-atuacao-do-psicologo-no-hospital-para-a-promocao-de-saude >. Acesso em: 2 maio 2010.
CASELLATO, G.; SILVIA, A. L.; PRADE, C. Cuidados paliativos e comportamento perante a morte. Casa do Cuidador, 2007. Disponível em: <http://www.casadocuidar.org.br/restr1.htm>. Acesso em: 2 maio 2010.
CASTRO, D. A. Psicologia e ética em cuidados paliativos. Psicologia Ciência e Profissão, v. 21, n. 4, p. 44-51, dez. 2001.
CASTRO, E. K.; BORNHOLDT, E. Psicologia da saúde x psicologia hospitalar: definições e possibilidades de inserção profissional. Psicologia Ciência e Profissão, Brasília, v. 24, n. 3, p. 48-57, set. 2004.
CENCI, C. M. B. Representação Social da Psicologia em um bairro periférico de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul. Aletheia, Canoas, v. 1, n. 23, p. 43-53, jan./jun. 2006.
CHIATTONE, H. B. C. A Significação da Psicologia no Contexto Hospitalar. In: ANGERAMI CAMON, V. A. (Org.). Psicologia da Saúde: um novo significado para a prática clínica. 2. ed. São Paulo: Pioneira, 2000. p. 73-165.
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA Resolução CFM nº 1.995/2012. Dispõe sobre as diretivas antecipadas de vontade dos pacientes. Publicada no D.O.U. de 31 de agosto de 2012, Seção I, p. 269-270. 2012. Disponível em: <http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/CFM/2012/1995_2012.pdf>. Acesso em: 20 jul. 2012.
FERNANDES, A. C. P.; PETEAN, E. B. L. Sobrecarga emocional e qualidade de vida em mães de crianças com erros inatos do metabolismo. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Ribeirão Preto, v. 27, n. 4, p. 459-465, out./dez. 2011.
FLORIANI, C. A.; SCHRAMM, F. R. Cuidados paliativos: interfaces, conflitos e necessidades. Ciência & Saúde Coletiva, [S.l.], v. 13, supl. 2, p. 2123-2132, dez. 2008. Disponível em: <http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000900017>. Acesso em: 12 abril 2010.
FLORIANI, C. A.; SCHRAMM, F. R. Cuidador do idoso com câncer avançado: um ator vulnerado. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 22, n. 3, p. 527-34, mar. 2006.
FONTANELLA, B. J. B; RICAS, J; TURATO, E. R. Amostragem por saturação em pesquisas qualitativas em saúde: contribuições teóricas. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 24, n. 1, p. 17-27, jan. 2008.
GARROS, D. Uma “boa” morte em UTI pediátrica: é isso possível? Jornal de Pediatria, Edmonton, v. 79. n. 2, p. 243-254, 2003.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.
GORAYEB, R. A prática da psicologia hospitalar. In: MARINHO, M. L.; CABALLO, V. E (Org.). Psicologia clínica e da saúde. Londrina: APICSA, 2001. p. 263-278.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICAS. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/default.php>. Acesso em: 20 fevereiro 2011.
MACHADO, K. D. G.; PESSINI, L.; HOSSNE, W. S. A formação em cuidados paliativos da equipe que atua em unidade de terapia intensiva: um olhar da bioética. BIO€THIKOS, São Camilo, v. 1, n. 1, p. 34-42, 2007.
MAIA, E. M. C. et al. Psicologia da Saúde-Hospitalar: da Formação a Realidade. Univ. Psychol, Bogotá, v. 4, n. 1, p. 49-54, 2005.
MELO, T. M.; RODRIGUES, I. G.; SCHMIDT, D. R. C. Caracterização dos cuidadores de pacientes em Cuidados Paliativos no domicílio. Revista Brasileira de Cancerologia, Londrina, v. 55, n. 4, p. 365-374, jun. 2009.
MINAYO, M. C. S.; SANCHES, O. Quantitativo-Qualitativo: Oposição ou Complementaridade? Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, p. 239-262, jul/ set. 1993.
MOTA, R. A.; MARTINS, C. G. M.; VÉRAS, R. M. Papel dos profissionais de saúde na política de humanização hospitalar. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 11, n. 2, p. 323-330, maio/ago. 2006.
OLIVEIRA, I. T. de. Psicoterapia Psicodinâmica Breve: dos precursores aos modelos atuais. Psicologia: Teoria e Prática, São Paulo, v. 1, n. 2, p. 9-19. 1999.
Organização Mundial da Saúde. Informe sobre la salud en el mundo 2008: la atención primaria de salud, más necesaria que nunca. Ginebra: OMS, 2008. Disponível em: < http://www.who.int/whr/2008/08_report_es.pdf>. Acesso em: 03 de junho 2015.
PAULA, B. de. Cuidados paliativos numa perspectiva brasileira: aspectos introdutórios e a contribuição das mulheres. Revista Caminhando. São Paulo, v. 16, n. 2, p. 77-87, jul./dez. 2011.
PEIXOTO, A. P. A. F. Cuidados paliativos: generalidades. 2009. Disponível em: <http://www.sotamig.com.br/downloads/Cuidados%20Paliativos%20-%20generalidades.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2010.
PESSINI, L. Cuidados paliativos: alguns aspectos conceituais, biográficos e éticos. Prática Hospitalar, v. 7, n. 41, p. 107-112, set./out. 2005.
PORTAL HOME CARE. Disponível em: <http://www.portalhomecare.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=86:cuidados-paliativos-em-home-care&catid=41:gerais&Itemid=199>. Acesso em: 3 jun. 2015.
REA, I. M.; PARKER, R. A. Metodologia de pesquisa: do planejamento à execução. São Paulo: Pioneira, 2000.
RODRIGUES, I. G. Cuidados paliativos: análise de conceito. 2004. Dissertação (Mestrado em Enfermagem Fundamental) - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2004. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-17082004-101459/>. Acesso em: 10 abr. 2010.
RODRÍGUEZ-MARÍN, J. En Busca de un Modelo de Integración del Psicólogo en el Hospital: Pasado, Presente y Futuro del Psicólogo Hospitalario. In:
REMOR, E.; ARRANZ, P.; ULLA, S. (Org.). El Psicólogo en el Ámbito Hospitalario. Bilbao: Desclée de Brouwer, 2003. p. 831-863.
SANTANA, J. C. B. et al. Cuidados paliativos aos pacientes terminais: percepção da equipe de enfermagem. BIO€THIKOS, São Camilo, v. 3, n. 1, p. 77-86, fev./mar. 2009.
SANTOS, M. C. L.; PAGLIUCA, L. M. F.; FERNANDES, A. F. C. Cuidados paliativos ao portador de câncer: reflexões sob o olhar de Paterson e Zderad. Revista Latino americana de Enfermagem. Ribeirão Preto, v. 15, n. 2, p. 350-354, mar./abr. 2007.
SILVA, E. P. da; SUDIGURSKY, D. Concepções sobre cuidados paliativos: revisão bibliográfica. Acta paul. enferm., São Paulo, v. 21, n. 3, p. 504-508, 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002008000300020&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 20 jul. 2012.
SPINK, M. J.; LIMA, H. Rigor e visibilidade: a explicitação dos passos da interpretação. In: SPINK, M. J. (Org.). Práticas discursivas e produção de sentidos no cotidiano: aproximações teóricas e metodológicas. São Paulo: Cortez, 1999. p. 71-89.
TANAKA, O. Y.; MELO, C. Reflexões sobre a avaliação em serviços de saúde e a adoção das abordagens qualitativa e quantitativa. In: BOSI, M. L. M.; MERCADO, F. J. (Org.) Pesquisa qualitativa de serviços de saúde. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004. p. 121-136.
UNIDADE DE CUIDADOS. Manual de cuidados paliativos em pacientes com câncer. Rio de janeiro: UnATI, 2009.
WANNMACHER, L. Medicina paliativa: cuidados e medicamentos. Uso racional de medicamentos: temas selecionados, Brasília, v. 5, n. 1, p. 1-6, dez. 2007.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Na medida do possível segundo a lei, a Fractal: Revista de Psicologia renunciou a todos os direitos autorais e direitos conexos às Listas de referência em artigos de pesquisa. Este trabalho é publicado em: Brasil.
To the extent possible under law, Fractal: Revista de Psicologia has waived all copyright and related or neighboring rights to Reference lists in research articles. This work is published from: Brasil.