As artes adivinhatórias e a psiquiatria do futuro

Autores

  • Rogério da Silva Paes Henriques Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE
  • André Filipe dos Santos Leite Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE

DOI:

https://doi.org/10.22409/1984-0292/v29i1/1552

Palavras-chave:

DSM-5, risco, prevenção primária, biopolítica

Resumo

Estuda-se a psiquiatria como “arte adivinhatória ou divinatória” engajada na previsão do futuro. Pretende-se assinalar o projeto biopolítico de gerenciamento da vida atrelado à psiquiatria contemporânea. Para tanto, analisa-se a quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), da Associação Americana de Psiquiatria (APA), em sua introdução da discussão da noção de risco, que estabelece ao campo psiquiátrico a prevenção primária como uma de suas metas principais. Isso reflete a reintrodução do eixo dimensional ao modelo categorial adotado pelo DSM, produzindo uma inflação diagnóstica, e denota o mal-estar da psiquiatria contemporânea frente aos seus alcances e limites.

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Biografia do Autor

Rogério da Silva Paes Henriques, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE

Pós-doutor em Teoria Psicanalítica (PPGTP/UFRJ). Doutor e Mestre em Saúde Coletiva (IMS/UERJ). Psicólogo (UFES) e psicanalista. Professor Adjunto do Departamento de Psicologia (DPS) da Universidade Federal de Sergipe (UFS) desde 2009. Professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPI) da UFS desde 2010, do qual foi vice-coordenador (2014-2016). Membro fundador em 2010 do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Adulto e do Idoso (REMU-SAI) da UFS, vindo atuando desde então como tutor da área de Psicologia. Membro fundador em 2013 e coordenador (2013-2015) do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental (REMU-SM) da UFS. Integrante do GT da Anpepp Psicanálise, Subjetivação e Cultura Contemporânea, desde o primeiro encontro em 2012. Primeiro lugar do Prêmio Jabuti 2015, da Câmara Brasileira do Livro, como autor do livro Freud e a narrativa paranoica: Schreber revisitado (categoria Capa); segundo lugar do Prêmio Jabuti 2015, como autor de capítulo da coletânea A fabricação do humano: psicanálise, subjetivação e cultura, organizada por Joel Birman et al. (categoria Psicologia, Psicanálise e Comportamento). Em 2015, recebeu uma Moção de Congratulações do Conselho do Ensino, da Pesquisa e da Extensão da UFS (Resolução Nº 64/2015/CONEPE). Estuda temas ligados às interfaces entre psicologia, psicanálise e filosofia, com ênfase nas humanidades em saúde.

André Filipe dos Santos Leite, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE

Médico pela Universidade Federal de Sergipe - UFS. Integrante do Grupo de Pesquisa: Gênero, Sexualidade e Estudos Culturais - GESEC/UFS/CNPq. Integrante do Grupo de Pesquisa: Clínica Psicanalítica e Cultura Contemporânea - GPCPCC/UFS/CNPq. Membro Fundador da Liga Acadêmica de Psiquiatria de Sergipe - LAPSI-SE. Membro Fundador da Liga Acadêmica de Medicina da Família e Comunidade de Sergipe - LAMFAC-SE. Membro Fundador e integrante da OSCIP de Combate à Homofobia Mexam-SE. Membro Fundador e integrante da Articulação Sergipana na Luta Contra a AIDS - ASELCA. Atua nas áreas de: Sexualidade e Gênero, com foco nos estudos queer; Saúde Coletiva, com foco nas Ciências Humanas em Saúde; Educação Médica, com foco nos currículos médicos e suas produções discursivas; e Saúde Mental, com foco nas estratégias discursivas do saber/poder psiquiátrico.

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Publicado

2017-04-29

Como Citar

HENRIQUES, R. DA S. P.; LEITE, A. F. DOS S. As artes adivinhatórias e a psiquiatria do futuro. Fractal: Revista de Psicologia, v. 29, n. 1, p. 81-86, 29 abr. 2017.

Edição

Seção

Artigos