<em>Performers sem Fronteiras</em>, uma plataforma clínico-performativa de ações em arte relacional

Autores

  • Diogo Rezende Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ
  • Tânia Alice Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ

DOI:

https://doi.org/10.22409/1984-0292/v29i2/2332

Palavras-chave:

performance, arte relacional, clínica

Resumo

O artigo aborda o trabalho da plataforma clínico-performativa Performers sem Fronteiras (PsF), que trabalha em contextos de pessoas em situação de trauma pontual ou crônico, bem como em ações de cultivo e promoção de saúde. Vamos abordar a interface arte/cura a partir do conceito de PARC (Performances de Arte Relacional como prática de Cura), desenvolvido por Tania Alice, em algumas ações clínico-performáticas realizadas pelo conjunto da plataforma, em volta de três eixos norteadores do trabalho do coletivo: 1. O movimento livre como prática clínica pela criação de plataformas pontuais de livre expressão do corpo. 2. O empoderamento dos participantes, pensado a partir de um trabalho realizado por dois integrantes do PsF junto a usuários da rede de saúde mental do Rio de Janeiro intitulado “Todo sonho bem sonhado pode um dia virar realidade”. 3. A potencialização dos afetos dentro da performance “Correio de abraços Brasil/Nepal” de Tania Alice.

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Biografia do Autor

Diogo Rezende, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ

Doutorando em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) na linha de pesquisa Estudos da performance e discursos do corpo e da imagem. Pesquisa a proposta experimental de uma Clínica Somático-Performativa como modo de construção de uma ética de existência e cuidado de si nas artes. É graduado em Psicologia (UFU), possui mestrado em Estudos da Subjetividade (UFF) e especialização em Terapia Através do Movimento (Faculdade Angel Vianna). Atualmente integra a plataforma de performance Performers Sem Fronteiras (RJ). É dançarino e pesquisador de Contato Improvisação (CI), participando e organizando eventos de CI a nível nacional e internacional. É instrutor de Yoga formado pela Yin Yang Vinyasa School, certificado pela Yoga Alliance Professionals. Temas de trabalho: Contato improvisação, Dança, Educação Somática, Performance, Clínica, Yoga, Criação, Meditação, Budismo.

Tânia Alice, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ

"A favor da manutenção e valorização do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação e a favor do retorno à normalidade democrática". Artista-pesquisadora que trabalha com projetos de arte relacional (performance) que se apresentam como uma interseção entre projeto artístico, projeto social e projeto terapêutico (cura do trauma). Graduação em Letras e Artes pela Université de Strasbourg III (1998), Mestrado de criação contemporânea (2000), Doutorado em Letras e Artes (Performance) pela Université de Provence Aix-Marseille I (2003), Pós-Doutorado pela UFRJ (criação teatral e performática contemporânea), formada como terapeuta em Somatic Experiencing (cura do trauma). Foi professora das Universidades de Rennes I e Rennes II (França), da UVA (Ceará) e da UFOP (Minas Gerais). Atualmente é professora associada e Chefe do Departamento de Interpretação da Escola de Teatro da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), onde atua como artista-pesquisadora na Graduação e na Pós-Graduação, orientando pesquisas mestrado e doutorado. Publicou "Performance.ensaio - (des)montando os clássicos" (FAPERJ/CNPq) em 2011. é pesquisadora do NEPAA (Núcleo de Estudos da Performances Afro-Ameríndia) e lider do grupo de pesquisa "Práticas performativas contemporâneas". Foi diretora e artística e performer do Coletivo de Performance "Heróis do Cotidiano", que realiza micro-utopias no espaço urbano e é criadora em 2014 da plataforma "Performers em Fronteiras", que realiza intervenções artísticas em situações geradoras de trauma. Recebeu a Bolsa CAPES/Fulbright para trabalhar como professora e artista convidada no Califórnia Institute of the Arts CALARTS, Califórnia em 2013, ocupou a cátedra de cooperação internacional da Universidade Livre de Bruxelas em 2015 e apresentou seu trabalho de pesquisa em performance em diversos festivais, eventos científicos e Instituições internacionalmente reconhecidas, como no Brasil, México, Estados-Unidos (New York / California), na Colômbia, Chile, França, Alemanha, Bélgica, entre outros. Seu livro "Performance como revolução dos afetos" foi aceito em 2016 para publicação pela Editora paulista Annablume.

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Publicado

2017-08-31

Como Citar

REZENDE, D.; ALICE, T. <em>Performers sem Fronteiras</em>, uma plataforma clínico-performativa de ações em arte relacional. Fractal: Revista de Psicologia, v. 29, n. 2, p. 196-202, 31 ago. 2017.

Edição

Seção

Dossiê Corporeidade