As vozes do escrito: sobre leitura e escrita

Autores

  • João Gabriel Lima Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ
  • Thiago José Franco Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ

DOI:

https://doi.org/10.22409/1984-0292/v29i3/1203

Palavras-chave:

escrita, leitura, voz, origem, Benjamin

Resumo

Esse artigo busca responder a seguinte questão: o que pode a escrita fazer frente à voz? Para esse fim, os autores pesquisam nas obras do filósofo alemão Walter Benjamin o conceito de origem para argumentar que a escrita ao mesmo tempo salva e aniquila a presença e a potência da voz. Os autores exploram não apenas os métodos para a procura das origens mas também apresentam e discutem a história da escrita e a experiência de ouvir vozes no ato da leitura. Através do diálogo com a história da escrita, o intuito do artigo é apresentar uma concepção de escrita baseada em conceitos benjaminianos.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • João Gabriel Lima, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ
    Mestre em "Estudos da subjetividade" em Psicologia pela UFF. Doutorando em "Teoria Psicanalítica" pela UFRJ.
  • Thiago José Franco, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ
    Psicólogo, residente em Psicologia do Hospital Philippe Pinel.

Referências

AGOSTINHO, St. Confissões. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.

ALVAREZ, A. A voz do escritor. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.

ATKINS, P. On Being: a scientist’s exploration of the great questions of existence. Oxford: Oxford University Press, 2011.

BARROS, M. O livro das ignorãças. In: ______. Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010. p. 297-324.

BENJAMIN, W. O narrador: considerações sobre a obra de Nicolai Leskov. In: ______. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 2004. Obras escolhidas, v. 1, p. 197-221.

BENJAMIN, W. Sobre o conceito de história. In: ______. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994. Obras escolhidas, v. 1, p. 222-234.

BLANCHOT, M. O espaço literário. Rio de Janeiro: Rocco, 1987.

CALVINO, I. Assunto encerrado: discursos sobre literatura e sociedade. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

FEYERABEND, P. Contra o método. São Paulo: Unesp, 2011.

FISCHER, S. R. História da Escrita. São Paulo: Unesp, 2009.

GAGNEBIN, J. M. História e narração em Walter Benjamin. São Paulo: Perspectiva, 2009.

GODFREY-SMITH, P. Theory and Reality: an introduction to the philosophy of science. Chicago: University of Chicago Press, 2003.

HEGEL, G. W. F. The Philosophy of History. London: Encyclopædia Britannica, 1971. Great Books of the Western World, v. 46, p. 153-370.

ICAZA, J. Huasipungo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.

JEAN, G. A escrita: memória dos homens. São Paulo: Objetiva, 2002.

JEANROY, A. La poésie lyrique des troubadours. Paris: Henri Didier, 1934. v. 1.

JOYCE, J. Finnegans Wake / Finnícius Revém. Cotia, SP: Ateliê, 2004.

KLEE, P. Angelus Novus. Oil transfer and watercolor on paper, 31.8 × 24.2 cm (12.5 × 9.5 in), CC BY-SA 3.0. Jerusalem: The Israel Museum, 1920. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=25188355>. Acesso em: 12 jun. 2013.

LE GOFF, J. Em busca da Idade Média. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.

MANGUEL, A. Uma história da leitura. Companhia das Letras: São Paulo, 1997.

ROSA, G. Grande Sertão: Veredas. In: COUTINHO, E. (Org.). Ficção completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2009. v. 2, p. 5-395.

RUTHVEN, K. K. Myth. Cambridge: Taylor & Francis, 1976.

ZUMTHOR, P. A letra e a voz: a “literatura” medieval. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

Downloads

Publicado

2017-12-26

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

As vozes do escrito: sobre leitura e escrita. Fractal: Revista de Psicologia, Rio de Janeiro, Brasil, v. 29, n. 3, p. 231–238, 2017. DOI: 10.22409/1984-0292/v29i3/1203. Disponível em: https://periodicos.uff.br/fractal/article/view/5171. Acesso em: 7 dez. 2025.