Organizações não-governamentais como dispositivos de poder: do bem-estar ao controle social

Autores

  • Érika de Sousa Mendonça UPE - Universidade do Estado de Pernambuco; UFPE - Universidade Federal de Pernambuco
  • Jaileila de Araújo Menezes UFPE - Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.22409/1984-0292/v29i3/1422

Palavras-chave:

poder, organização não-governamental, dispositivo, controle, disciplina

Resumo

A partir de uma perspectiva da Psicologia Política e do referencial analítico foucaultiano, o estudo busca construir reflexões sobre Organizações Não-Governamentais voltadas ao público infanto-juvenil como dispositivos de poder. Para tanto - a partir de revisões bibliográficas e relatos de situações vivenciadas pela pesquisadora nesse tipo de instituição - localiza estratégias de poder identificadas com a a disciplina e a biopolítica, organizadas a partir de tecnologias e relações que controlam indivíduos e populações, tendo suas ações e posicionamentos justificados sob a lógica do governo do bem estar.

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Biografia do Autor

Érika de Sousa Mendonça, UPE - Universidade do Estado de Pernambuco; UFPE - Universidade Federal de Pernambuco

Professora Assistente da Universidade de Pernambuco; Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco.

Jaileila de Araújo Menezes, UFPE - Universidade Federal de Pernambuco

Professora Adjunta do Centro de Educação da Universidade Federal de PernambucoProfessora Adjunta do Programa de Pós Graduação em Psicologia da  Universidade Federal de Pernambuco

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Publicado

2017-12-26

Como Citar

MENDONÇA, ÉRIKA DE S.; MENEZES, J. DE A. Organizações não-governamentais como dispositivos de poder: do bem-estar ao controle social. Fractal: Revista de Psicologia, v. 29, n. 3, p. 272-279, 26 dez. 2017.

Edição

Seção

Artigos