Mulheres e Espelhos: a Devastação e o irrepresentável no corpo feminino

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/1984-0292/v30i2/5504

Palavras-chave:

Psicanálise, Devastação, beleza, corpo, narcisismo

Resumo

Este artigo situa a Devastação como operação lógica que remete e contrasta, quanto à incidência e consequências psíquicas, com a operação instauradora do narcisismo no primeiro tempo da constituição subjetiva. Observando a necessidade de reafirmação da imagem no embate arrebatador com o espelho, o trabalho ressalta, com o conto Branca de Neve, algo de estrutural no mal-estar das mulheres em relação à imagem, analisando a delicada relação da madrasta com sua imagem própria refletida pelo espelho falante. Para tanto, relemos Freud, Sobre o narcisismo: uma introdução, e Lacan, O estágio do espelho como formador da função do eu, recorrendo às reflexões psicanalíticas acerca da edificação do corpo para elucidar o processo contínuo de sua construção, que no feminino é reiteradamente confrontado com a falta de um significante (simétrico ao falo) que pudesse alienar o gozo e encerrar a busca por uma representação última para o ser dȺ mulher.

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Biografia do Autor

Danuza Effegem de Souza, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ

Possui graduação em Letras - Inglês pela Universidade Federal do Espírito Santo (2005) e graduação em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense (2014). Mestre em psicologia pela Universidade Federal Fluminense (2016).

Giselle Falbo Kosovski, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ

é graduada em Psicologia, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1985), tem Especialização em Psicologia Clínica pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (1987), mestrado em Teoria Psicanalítica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1998) e doutorado em Teoria Psicanalítica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2003). Trabalhou como Recém-Doutor, através de formento do CNPq, na Universidade Federal Fluminense de 10/2003 à 10/2005, e como Professor-Visitante na UFRJ, no Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica da UFRJ, de 10/2006 à 10/2008, no qual desenvolveu a pesquisa "Psicanálise, arte e excesso pulsional". Desde 2009, integra o quadro permanente, como professor adjunto, no Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense, no qual desenvolve a pesquisa "O que a arte ensina para a psicanálise?". Tem experiência na área de Psicologia Clínica, com ênfase em Psicanálise, atuando principalmente nos seguintes temas: Freud e Lacan; Psicanálise e Arte; Corpo, psicanálise e Arte Contemporânea; Clínica com crianças e Clínica com adolescentes. Atualmente desenvolve pesquisa cujo tema é "Psicanálise, corpo e gênero".

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Publicado

2018-07-19

Como Citar

DE SOUZA, D. E.; KOSOVSKI, G. F. Mulheres e Espelhos: a Devastação e o irrepresentável no corpo feminino. Fractal: Revista de Psicologia, v. 30, n. 2, p. 166-172, 19 jul. 2018.