A recepção das premissas de Haeckel na obra de Jung

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/1984-0292/v31i1/5572

Palavras-chave:

filogênese, ontogênese, interdisciplinaridade, Jung, Haeckel

Resumo

Este artigo analisa a apropriação da teoria da recapitulação da filogênese pela ontogênese do biólogo Ernst Heinrich Philipp August Haeckel pelo psiquiatra suíço Carl Gustav Jung na formulação de seu projeto de psicologia, denominado Psicologia Analítica. Para isso, foram utilizadas definições contidas na obra Símbolos da Transformação, além do conceito de arquétipo, que estabelecem diálogos entre os campos da biologia e da psicologia. A formação biológica de Jung, aliada a seu interesse e prática no campo da psicologia, possibilitou uma ampliação em seu modo de conceber os fenômenos que observava. A tentativa de abordar um tema tanto pelo viés biológico quanto psicológico revela não só um cuidado como, também, o compromisso com a produção de conhecimento, que, mais do que buscar engrandecer seu campo original de trabalho, pretende estabelecer o diálogo interdisciplinar. Sendo o livro Símbolos da Transformação a obra através da qual Jung se prontifica a divulgar suas teorias e ideias próprias, podemos depreender que ao utilizar em tal trabalho certas premissas de Haeckel o autor acaba nos revelando uma de suas importantes influências epistemológicas.

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Biografia do Autor

Victor de Freitas Henriques, Universidade Federal de São João del-Rei, São João del-Rei, MG

Doutorando em Psicologia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) na linha de História e Filosofia da Psicologia. Mestre em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPSI) da Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ). Membro do GT da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia (ANPEPP) Epistemologia e Interfaces da Psicologia Analítica (EIPsiA). Membro do Grupo Caminhos Junguianos. Graduou-se em Psicologia com ênfase em Psicologia Clínica e Saúde Mental pela Universidade Federal de São João del-Rei.

Walter Melo Junior, Universidade Federal de São João del-Rei, São João del-Rei, MG

Professor Associado II da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). Professor do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFSJ e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), ambos no Mestrado e Doutorado. Coordenador do Núcleo de Estudo, Pesquisa e Intervenção em Saúde (NEPIS), do Grupo Caminhos Junguianos (GCJ) e do Projeto Equo: equoterapia e equidade. Possui graduação em Psicologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) (1992), residência em Psicologia Clínico-Institucional pela UERJ (1997), mestrado em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) (2000), doutorado em Psicologia Social pela UERJ (2005) e pós-doutorado pela Sorbonne (2018). Possui experiência na área de Psicologia, com ênfase em Intervenção Terapêutica e Psicologia Social, atuando principalmente nos seguintes temas: políticas públicas, história da saúde, saúde coletiva, saúde mental, reforma psiquiátrica, Nise da Silveira e C.G. Jung.

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Publicado

2019-02-22

Como Citar

HENRIQUES, V. DE F.; JUNIOR, W. M. A recepção das premissas de Haeckel na obra de Jung. Fractal: Revista de Psicologia, v. 31, n. 1, p. 11-15, 22 fev. 2019.

Edição

Seção

Artigos