Subjetividades de beneficiárias do Programa Bolsa Família em contexto rural

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/1984-0292/v31i1/5581

Palavras-chave:

inclusão social, Programa Bolsa Família, gênero, ruralidade, modos de subjetivação

Resumo

Este artigo tem por objetivo apresentar uma breve revisão teórica e alguns resultados parciais de uma dissertação de mestrado realizada no PPG em psicologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). De desenho qualitativo, o estudo visa analisar as práticas discursivas que constituem os modos de subjetivação de mulheres beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF) no contexto rural da Zona da Mata Sul Pernambucana. As referências teóricas consideram o enfoque da governamentalidade, entendendo que práticas de inclusão social, como o PBF, modificam as subjetividades de seus beneficiários. A população estudada é constituída de uma amostra não probabilística de seis mulheres. A coleta de dados foi realizada através de entrevista semiestruturada, e a análise dos dados se baseia na perspectiva de análise crítica do discurso. Os resultados obtidos questionam o potencial do PBF para gerar mudanças nas relações de gênero. Finalmente, interroga-se a evolução das políticas públicas de inclusão social na sociedade brasileira, abrindo perspectivas para novos estudos sobre as mudanças vivenciadas pela população beneficiária no contexto rural de Pernambuco.

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Biografia do Autor

Elaine Costa-Fernandez, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE

Professora permanente do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Orientadora de doutorado, com pós-doutoramento em Psicologia intercultural pela Universidade de Toulouse Jean-Jaurès. Possui equivalência na Universidade do Porto. Pesquisadora associada no Laboratoire Clinique, Psychopathologie, Interculturel (LCPI) da UT-JJ, onde exerceu as funções de professora associada de 1991 à 2010. Professora visitante na Université Paris XIII, Campus Villetaneuse em janeiro 2016, na Université de Sciences Sociales et Humaines (USSH) de Hanoi e na Universidade Pública de Battambang (Cambodia) em janeiro 2017 e janeiro 2018. A pesquisadora coordena atualmente o projeto de pesquisa internacional "Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) nas migrações, Redes sociais virtuais e interculturação", além de atuar como consultora em organizações internacionais (ONGs) e como Vice-Presidente da Associação Internacional de Pesquisa Intercultural (ARIC). Tem experiência em Intervenção Clinica e Avaliação Psicológica no Brasil e na França, é parecerista da revista Ciência e Saúde Coletiva (Brasil) e membro do comité científico da coleção "Espaces Interculturels" nas edições de l'Harmattan (França). Parecerista no Comité de ética para pesquisas com seres humanos (CONEP) da UFPE. Desenvolveu acordos internacionais criando e promovendo atividades acadêmicas e científicas na França, no Vietnã, em Portugal e no Brasil com ênfase em teorias e técnicas psicoterápicas, atenção à saúde e o conceito de clinica ampliada. Suas principais publicações e projetos de pesquisa focalizam a contextualização dos instrumentos conceituais e metodológicos do psicólogo clínico no Serviço Público de Saúde, em Psicologia jurídica e as Novas Tecnologias da Comunicação em Situações Interculturais e na contemporaneidade. Presidente do Colóquio Internacional da ARIC realizado em abril 2016 na cidade de Olinda/Recife sobre a temática : Mobilidade, redes e Interculturalidade. Novos desafios pra pesquisa cientifica e prática profissional.

Claudio Andres Baradit Munoz, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE

Graduado em Psicologia na Universidad de Valparaíso (Chile). Mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco. Doutorando em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco. Pesquisador com enfoque qualitativo nos temas: pobreza, governamentalidade neoliberal, gênero e políticas públicas. Experiência laboral na área de psicologia social, em diversos contextos e áreas de intervenção psicossocial. Tem trabalhado em contextos de pobreza e vulnerabilidade, tanto em zonas rurais como urbanas, em programas sociais de saúde comunitária, organizações sociais, idosos, emprego, capacitação laboral e educação pré-escolar, entre outras.

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Publicado

2019-02-22

Como Citar

COSTA-FERNANDEZ, E.; BARADIT MUNOZ, C. A. Subjetividades de beneficiárias do Programa Bolsa Família em contexto rural. Fractal: Revista de Psicologia, v. 31, n. 1, p. 35-42, 22 fev. 2019.

Edição

Seção

Artigos