La lectura de textos literarios como subversión al lenguaje del poder

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.22409/1984-0292/2022/v34/42215

Palabras clave:

experiencia, lectura, texto literario, subversión, lenguaje del poder

Resumen

Este ensayo propone notas sobre las especificidades de la lectura de textos literarios como una experiencia que potencialmente forma nuevos significados para el lector y que es subversiva al lenguaje del poder, un lenguage con discursos normalizados y normalizadores de la vida cotidiana. Se realizó una revisión de la literatura narrativa sobre el tema, y ​​este texto se dividió en cuatro ejes centrales: el primero, en el que se presentan algunas concepciones sobre la literatura, el texto literario y la lectura literaria; el segundo, en que se discute la lectura y la escucha individual, a partir de la suposición de que esta modalidad permite al lector una experiencia creativa y crítica a partir de la producción de significados derivados de su encuentro con el texto. Este punto está muy relacionado con el tercero, la lectura literaria como experiencia; y finalmente, las interpretaciones de la lectura literaria se presentan como una experiencia de subversión a la orden y al lenguaje del poder. Este diálogo nos llevó a concluir que la lectura literaria puede representar una resistencia a las naturalizaciones en el cotidiano, pues se revela como un ámbito de producción de singularidades, e instiga al lector a cuestionar el mundo concreto que le rodea y sus discursos hegemónicos.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Marlo Lopes, Faculdade Vidal de Limoeiro, Limoeiro do Norte, CE

Mestre em Psicologia pela Universidade de Fortaleza (2016-2018). Graduado em Psicologia pela Universidade de Fortaleza (2016). Professor do curso de Psicologia da Faculdade Vidal (Limoeiro do Norte-CE). Membro egresso do Laboratório de Estudos sobre Ócio, Trabalho e Tempo Livre (Otium), do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade de Fortaleza (2012-2018). Bolsista PIBIC/CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) entre 2012 e 2013; bolsista PROBIC/FEQ (Fundação Edson Queiroz) entre 2013 e 2014; e bolsista FUNCAP (Fundação Cearense de Apoio à Pesquisa) entre 2016 e 2018 (bolsas vinculadas ao projeto de pesquisa cadastrado no CNPq intitulado “Recriando-se nas temporalidades livres da velhice: um estudo sobre experiências potencializadoras da vida com idosos do nordeste brasileiro”, do Laboratório Otium). Pesquisador e coorientador do Laboratório de Investigações em Análise do Comportamento (LINAC - Unifor). Possui trabalhos publicados no âmbito nacional e no exterior sobre os temas Ócio, Experiência de Ócio, Lazer, Trabalho e Tempo Livre na sociedade contemporânea.

Francisco Welligton de Sousa Barbosa Jr., Universidade de Fortaleza, Fortaleza, CE

Doutorando em Estudos Culturais na Universidade de Aveiro/Portugal. Mestre em Psicologia (2020). Mestre em Literatura pela Universidade de Évora/Portugal (2018). Graduado em Psicologia pela Universidade de Fortaleza/Brasil (2016). Membro e Pesquisador Assistente do Laboratório Otium - Laboratório de Estudos Sobre Ócio, Trabalho e Tempo Livre, do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade de Fortaleza. Membro do Núcleo de Estudos em Cultura e Ócio (NECO), do Programa Doutoral em Estudos Culturais da Universidade de Aveiro. Bolsista FASUE (2016/2017) na Universidade de Évora/Portugal. Bolsista IC PIBIC/CNPq (2015/2016) no projeto “Recriando-se nas temporalidades livres da velhice: um estudo sobre experiências potencializadoras da vida de idosos do nordeste brasileiro”.

José Clerton Martins, Universidade de Fortaleza, Fortaleza, CE

Doutor e mestre em Psicologia pela Universitat de Barcelona (Espanha). Pós-doutorado em Estudos Culturais (2018-2019), realizado na Universidade de Aveiro (Portugal). Pós-doutorado em Estudos sobre Ócio e Desenvolvimento Humano (CAPES 2005-2006) realizado na Universidad de Deusto/UD (Espanha). Pós-graduação em Gestão de Recursos Humanos (UFC/Brasil), Gestão do Marketing (UECE/Brasil) e em Cultura Folclórica Aplicada (IFCE/Brasil). Psicólogo e historiador com graduações realizadas em IES no Brasil. Formação em Dinâmica Energética do Psiquismo (ICDEP/SP) e Psicologia Integral (CDH). Professor Visitante do Programa de Doutoramento em Estudos Culturais das Universidades de Aveiro e do Minho (Foundation Calouste Gulbenkian/Portugal (2012-2013). Coordena o OTIUM/Grupo de Estudos sobre Ócio, Trabalho e Tempo Livre do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade de Fortaleza, onde é professor titular. É vice-coordenador do GT AION - Interdisciplinaridade da pesquisa em Psicologia Analítica no Brasil da ANPPEP - Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia. É membro fundador da Asociación Iberoamericana de Estudios de Ocio/OTIUM e da Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-graduação em Estudos do Lazer/ANPEL.

Citas

ALMEIDA, Leonardo Pinto de. Literatura e subjetividade: reflexões sobre a linguagem e o exercício da liberdade. Artigo apresentado no IV Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (ENECULT), Salvador, BA. 2008. Disponível em: http://www.cult.ufba.br/enecult2008/14418.pdf. Acesso em: 15 abr. 2020.

ALMEIDA, Leonardo Pinto de. Escrita e leitura: a produção de subjetividade na experiência literária. Curitiba: Juruá, 2009.

ALMEIDA, Leonardo Pinto de. A experiência total da leitura literária. Arquivos Brasileiros de Psicologia, v. 66, n. 2, p. 143-158, 2014. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1809-52672014000200011&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 13 abr. 2020.

ANTUNES, Antonio Lobo. Receita para me lerem. In: ______. As coisas da vida: 60 crônicas. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2011. p. 51-53.

AZEVEDO, Ricardo. Formação de leitores e razões para a Literatura. In: SOUZA, Renata Junqueira de (Org.). Caminhos para a formação do leitor. São Paulo: DCL, 2004. p. 38-47.

BARTHES, Roland. O prazer do texto. São Paulo: Perspectiva, 2002.

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994.

BLANCHOT, Maurice. O espaço literário. Rio de Janeiro: Rocco, 1987.

BLOOM, Harold. Shakespeare: a invenção do humano. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000.

BOSI, Ecléa. Tempo vivo da memória. São Paulo: Ateliê, 2003.

CABRAL, Maria. Encontros que nos movem: a leitura como experiência inventiva. 2006. Tese (Doutorado em Psicologia) – Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2006. Disponível em: http://objdig.ufrj.br/30/teses/MariaDoCarmoCarvalhoCabral.pdf. Acesso em: 23. abr. 2020.

CANDIDO, Antônio. A literatura e a formação do homem. Remate de males – Revista do Departamento de Teoria Literária da USP, São Paulo, n. esp., p. 81-89, 1999.

CANDIDO, Antônio; ROSENFELD, Anatol; PRADO, Décio; GOMES, Paulo. A personagem de ficção. São Paulo: Perspectiva, 2005.

CHARTIER, Roger. Práticas da leitura. São Paulo: Estação Liberdade, 2001.

CHARTIER, Roger. Formas e sentido: cultura escrita, entre distinção e apropriação. Campinas: Mercado de Letras, 2003.

DELEUZE, Gilles. Crítica e clínica. São Paulo: Editora 34, 1997.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Postulados da linguística. In: DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. (Org.). Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Editora 34, 1995. v. 2, p. 11-59.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. Ano Zero: Rostidade. In: DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. (Org.). Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Editora 34, 2012. v. 3, p. 35-68.

DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Gente pobre. São Paulo: Editora 34, 2009.

FOUCAULT, Michel. O que é um autor? In: MOTTA, Manuel Barros da (Org.). Estética: literatura e pintura, música e cinema. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001. Coleção Ditos & Escritos, v. 3, p. 264-298.

FREIRE, José Célio. Literatura e psicologia: a constituição subjetiva por meio da leitura como experiência. Arquivos Brasileiros de Psicologia, v. 60, n. 2, p. 2-9, 2008. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672008000200002. Acesso: 13 abr. 2020.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez, 2003.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.

FREIRE, Paulo; MACEDO, Donaldo. Alfabetização: leitura do mundo, leitura da palavra. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.

GRAMSCI, Antonio. Concepção dialética da História. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.

HALL, Stuart. Cultural studies: a theoretical history. Durham: Duke University Press, 2016.

HEIDEGGER, Martin. A caminho da linguagem. Petrópolis: Vozes, 2003.

KRAMER, Sonia. Leitura e escrita como experiência: seu papel na formação de sujeitos sociais. Presença pedagógica, Belo Horizonte, v. 6, n. 31, p. 17-27, 2000.

LARROSA, Jorge. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, n. 19, p. 20-28, 2002. https://doi.org/10.1590/S1413-24782002000100003

LARROSA, Jorge. La experiencia de la lectura. México: Fondo de Cultura Económica, 2003.

LARROSA, Jorge. Tremores: escritos sobre experiência. Belo Horizonte: Autêntica, 2014.

LENCASTRE, Leonor. Leitura: a compreensão de textos. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003.

ORDINE, Nuccio. La utilidad de lo inútil. Barcelona: Acantilado, 2015.

PIEGAY-GROS, Nathalie. Le lecteur, textes choisis & présentés. Paris: G. F. Flammarion, 2002.

VARGAS, Suzana. Leitura: uma aprendizagem de prazer. Rio de Janeiro: José Olympio, 1997.

ZILBERMAN, Regina. Recepção e leitura no horizonte da literatura. Alea: Estudos Neolatinos, v. 10, n. 1, p. 85-97, 2008. https://doi.org/10.1590/S1517-106X2008000100006

Publicado

2022-12-05

Cómo citar

LOPES, M.; BARBOSA JR., F. W. DE S.; MARTINS, J. C. La lectura de textos literarios como subversión al lenguaje del poder. Fractal: Revista de Psicologia, v. 34, p. Publicado em 05/12/2022, 5 dic. 2022.

Número

Sección

Artículos