Audiodescrição de filmes: experiência, objetividade e acessibilidade cultural

Autores/as

  • Jéssica David Instituto de Psicologia - Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Felipe Hautequestt Instituto de Psicologia - Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Virginia Kastrup Instituto de Psicologia - Universidade Federal do Rio de Janeiro

Palabras clave:

Audiodescrição, Deficiência visual, Acessibilidade.

Resumen

Nos últimos anos, tem-se observado uma preocupação crescente nos diversos setores da sociedade com a inclusão cultural dos deficientes visuais. São muitos os esforços voltados para o desenvolvimento de estratégias inclusivas que lhes permitam uma apropriação efetiva do espaço cultural. Entre tais iniciativas de acessibilidade, encontra-se a audiodescrição de filmes. O objetivo do artigo é propor algumas diretrizes para a audiodescrição, levando em conta peculiaridades cognitivas, bem como fatores sociais e políticos que cercam a vida de pessoas com deficiência visual. O artigo discute a experiência de assistir a um filme e analisa o problema da familiaridade com o cinema, com a narrativa de cada filme e com a própria técnica da audiodescrição. O desafio é criar condições favoráveis para a atualização de experiências cognitivas, afetivas e emocionais que o filme oferece. Visa ainda examinar o problema da objetividade e de outros parâmetros da audiodescrição, sugerindo algumas diretrizes para seu desenvolvimento no Brasil.

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Publicado

2012-04-30

Cómo citar

DAVID, J.; HAUTEQUESTT, F.; KASTRUP, V. Audiodescrição de filmes: experiência, objetividade e acessibilidade cultural. Fractal: Revista de Psicologia, v. 24, n. 1, p. 125-142, 30 abr. 2012.

Número

Sección

Artículos