O lugar da palavra para a psicanálise

Auteurs

##plugins.pubIds.doi.readerDisplayName##:

https://doi.org/10.22409/1984-0292/2023/v35/28690

Mots-clés:

psicanálise, epistemologia, linguagem

Résumé

O presente trabalho tem como tema o lugar da palavra no contexto da emergência das ciências humanas e sua inter-relação com as ciências como a psicologia, as ciências da linguagem como a filologia e linguística e seu contraponto com a psicanálise. Com o objetivo de traçar o surgimento do homem enquanto objeto da ciência a partir do século XIX, o trabalho explicita como a psicologia, ao buscar um lugar junto às ciências empíricas, e utilizando de um discurso fundado em termos positivistas, acabou por negligenciar o fato de se constituir essencialmente por objetos discursivos constituídos em um contexto histórico e cultural, destituindo-se de um campo da palavra. O constructo da palavra é, portanto, tratado como eixo principal do texto, valendo-se especialmente das contribuições de Foucault, Thomas Teo, Danziger, Freud e Lacan. Como conclusão, a relação entre linguagem, palavra e psicanálise foi traçada, culminando no entendimento de que é na impossibilidade da língua, demonstrada em sua vertente de lalíngua, que é possível ao humano advir e existir, ainda que de forma incompleta.

##plugins.generic.usageStats.downloads##

##plugins.generic.usageStats.noStats##

Biographie de l'auteur

Marina Junqueira Cançado, Universidade Federal de Goiás

Mestranda em Psicologia pela UFG. Especialista em Psicologia Jurídica pelo Conselho Federal de Psicologia e Especialista em Docência Universitária pela Universidade Estadual de Goiás. Graduada em Psicologia pela PUC-Goiás.  Psicanalista clínica e psicóloga no Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região/Goiás. Tem experiência na área de Psicologia Clínica com o referencial teórico da Psicanálise de Freud e Lacan e, como Psicóloga do TRT, atua principalmente nos seguintes temas: psicanálise, adoecimento psíquico, saúde do trabalhador, avaliação psicológica e psicologia jurídica.

Références

BURGARELLI, Cristóvão Giovanni. De que sujeito trata a psicanálise? In: ______. (Org.), Padecer do Significante: a questão do sujeito. Campinas: Mercado das Letras, 2017. p. 39-58.

COSTA, Terezinha. Psicanálise com crianças. 2. ed. Rio de Janeiro: J. Zahar, 2008.

DANZIGER, Kurt. Naming the mind: How psychology found its language. London: Thousand Oaks: New Delhi. Sage Publications, 1997.

DANZIGER, Kurt. Where theory, history and philosophy meet: The biography of psychological objects. In: HILL, Darryl B.; KRAL, Michael J. (Eds.). About psychology: Essays at the crossroads of history, theory and philosophy. New York University Press, 2003. p. 19-33.

FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1985.

FREUD, Sigmund. A questão da análise leiga: conversações com uma pessoa imparcial (1926). In: SALOMÃO, Jayme (Org.). Obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996. v. 20, p. 175-250. Edição Standard Brasileira.

GOETHE, Johann Wolfgang von. Fausto. São Paulo: Martin Claret, 2003. Coleção a Obra-Prima de Cada Autor.

LACAN, Jacques. Função e campo da fala e da linguagem (1953). In: ______. Escritos. Rio de Janeiro: J. Zahar, 1998. p. 238-324.

LO BIANCO, Anna Carolina; COSTA-MOURA, Fernanda. Inovação na ciência, inovação na psicanálise. Ágora, Rio de Janeiro, v. 20, n. 2, p. 491-508, ago. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/1809-44142017002010

MILNER, Jean-Claude. O amor da língua. Campinas: Unicamp, 2012.

TEO, Thomas. Philosophical concerns in critical psychology. In: FOX, Dennis; PRILLELTENSKY, Isaac; AUSTIN, Stephanie (Eds.). Critical psychology: An introduction. 2nd. ed. London: Sage, 2009. p. 36-53.

Publiée

2023-05-03

Numéro

Rubrique

Artigos