Sobre o tratamento analítico de um caso de autismo: linguagem, objeto e gozo

Auteurs

  • Ana Beatriz Freire Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Elisa Carvalho de Oliveira Universidade Federal do Rio de Janeiro

Mots-clés:

psicanálise, clínica, autismo, gozo, significante

Résumé

Orientado pelas obras de Freud e Lacan, este artigo tem como objetivo pensar a relação entre clínica e transmissão da psicanálise a partir da clínica do autismo. Tomando por base fragmentos do caso clínico de uma criança autista, pretende-se interrogar o saber psicanalítico, em particular, os conceitos de linguagem, significante e objeto. Neste caso clínico, a direção do tratamento se deu pela escuta do analista dos "elementos verbais" apresentados pela paciente o que propiciou, ao longo das sessões, a construção de um determinado "termo verbal". A hipótese sustentada é a de que esse termo operou, no percurso do tratamento, como algo da ordem de um "significante privilegiado" tal qual formulado por Lacan (1972/73). Este termo específico foi articulado pela paciente, em função de um saber-fazer próprio com a linguagem, ocorrendo não sem uma modalização do gozo, abrindo a possibilidade do surgimento do olhar, na via da construção das bordas corporais.

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Bibliographies de l'auteur

Ana Beatriz Freire, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Psicanalista, professora do Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica do Instituto de Psicologia da UFRJ, correspondente da Escola Brasileira de Psicanálise, pesquisadora do CNPq, coordenadora da pesquisa Dispositivo Clínico Ampliado: criança e adolescente psicóticos em direção ao laço social e à inclusão escolar.

Elisa Carvalho de Oliveira, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Psicanalista - Escola Letra Freudiana, doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica do Instituto de Psicologia da UFRJ, supervisora no grupo de pesquisa Dispositivo Clínico Ampliado: crianças e adolescentes psicóticos em direção ao laço social.

Publiée

2010-08-30

Numéro

Rubrique

Dossiê Psicanálise: Work in Progress