Ontologias do ver na atualidade: o que pode um olhar precário
Mots-clés:
Políticas da Imagem, Modos de Subjetivação, Cinema, Olhar Precário.Résumé
Este trabalho problematiza os modos de olhar na atualidade, analisando políticas de constituição do ver, através do conceito de olhar precário. Toma por precário uma dimensão parcial da visão, que não se basta para a produção de sentidos, e que por isso, busca encontros para uma realização. Desse modo aciona uma política do encontro e da criação. Por outro lado, essa discussão apresenta uma configuração de olhar total como um dispositivo bio-político-epistemológico, que busca a instauração e manutenção de registros gerais e absolutos. Os dois modos de ver são apresentados historicamente e suas lógicas se ancoram na produção de autores como Friedrich Nietzsche, Gilles Deleuze, Michel Foucault e Paul Virilio, relacionando-os aos modos de produção e expressão do pensamento, às biopolíticas que modulam o viver na atualidades e ao fazer do cinema contemporâneo. Discute ainda duas experiências de cinema através dos filmes O escafandro e a borboleta e A professora de piano, para pensar movimentos de produção de captura e da individualidade ou modos de subjetivação que possibilitam exercícios de autonomia e fabricação de coletivos.
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