A terapêutica de um "CAPS AD" em um coletivo de fotografia

Auteurs

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https://doi.org/10.22409/1984-0292/v30i3/5518

Mots-clés:

atenção psicossocial, álcool/drogas, expressão artística, fotografia, vínculo terapêutico

Résumé

Sendo fundamental a manutenção de um processo de reflexão constante para que a consolidação da Reforma Psiquiátrica possa se dar sem um “engessamento” de práticas que atrapalharia a proposta de atendimento personalizado, adequado à realidade específica de cada caso, faz-se importante observar as experiências que vêm acontecendo nos dispositivos de Atenção Psicossocial. Por isto, este artigo relata experiências ocorridas em um CAPS AD nos anos de 2011 a 2014, narrando o processo de implementação de uma oficina de fotografia e suas implicações. Percebeu-se que, propondo uma atividade aberta, flexível às demandas dos usuários, foi possível despertar interesses artísticos e de gestão, que culminaram no engajamento em um coletivo de fotografia – algo que não se deu por uma obrigatoriedade de frequência a atividades, mas por uma abertura da oficina aos interesses de cada participante, o que funcionou melhor para o aumento da “adesão”.

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Biographie de l'auteur

Virgínia Lima dos Santos Levy, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC

Doutoranda em Ciências Humanas pelo Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina. Editora Assistente da Área de Concentração: Condição Humana na Modernidade da Revista Internacional Interdisciplinar INTERthesis, Florianópolis, SC, Brasil. Mestra em Saúde Mental e Atenção Psicossocial pela Universidade Federal de Santa Catarina (2015). Psicóloga (Bacharelado e Formação de Psicólogo) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2008). Ex-psicóloga do CAPS Ad Centra-Rio e da Secretaria de Educação da Prefeitura de São João de Meriti. Pertence, como estudante de doutorado, ao Grupo de Pesquisa em Clínica da Atenção Psicossocial e Uso de Álcool e outras Drogas. Possui interesse principal em Psicologia, Atenção Psicossocial (principalmente Uso e Abuso de Substâncias Psicoativas), Processos de subalternização, bestialização e desumanização dos sujeitos, e Interface entre artes e convivência na clínica, na pesquisa qualitativa e nos processos de constituição do sujeito e de seu mundo.

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Publiée

2018-11-26

Numéro

Rubrique

Artigos