Fracasso Escolar: naturalização ou construção histórico-cultural?

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https://doi.org/10.22409/https://doi.org/10.22409/1984-0292/v32i1/5698

Mots-clés:

Fracasso Escolar, Características, Naturalização

Résumé

O estudo objetiva investigar se o fracasso escolar continua sendo naturalizado. Para isso foi traçado o perfil social, educacional, emocional e neurológico de crianças atendidas no Projeto de Extensão “Avaliação e Intervenção em crianças com história de Fracasso Escolar”, desenvolvido em um Ambulatório de Neurodesenvolvimento. Foram analisados os prontuários de 13 crianças, utilizou-se o programa estatístico SPSS e análise temática. Verificou-se que as crianças apresentaram uma média de 10,3 anos, sendo a maior parte meninos (84,6%). A maioria (61,5%) com queixas relacionadas a problemas de aprendizagem e comportamento e fazendo uso de psicoestimulantes. As características são compatíveis com outros estudos realizados em instituições como clínicas-escola de diferentes regiões do Brasil. Constatou-se que os alunos ainda são responsabilizados pelo fracasso, atribuindo-se a este um caráter biológico, naturalizado, que, portanto, precisa ser medicalizado. Evidencia-se a necessidade da realização de estudos que investiguem como se produz a queixa do fracasso escolar.

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Bibliographies de l'auteur

Silvia Nara Siqueira Pinheiro, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS

Professora Adjunto do Curso de Psicologia da Universidade Federal de Pelotas. Psicóloga pela Universidade Católica de Pelotas (1982); em Licenciada em Psicologia pela Universidade Católica de Pelotas (1986); Pós-graduada em Educação/Psicopedagogia pela UFPEL (1984), em Educação/Educação Especial pela UCPel (1992), Mestre em Saúde e Comportamento / Psicologia pela Universidade Católica de Pelotas (1996), Doutora em Educação pela Universidade Federal de Pelotas linha de pesquisa Cultura Escrita, Linguagem e Aprendizagem.. Áreas de concentração: Psicologia da Educação/Aprendizagem, Desenvolvimento e Educação Especial. Psicologia Histórico-Cultural. Membro dos grupos de pesquisa Educação e psicologia histórico-cultural da UFPel e Aprendizagem Autorregulada- UFPel, realizando Pós-Doutorado em Educação na UFPEL e Universidade de Aveiro - Portugal.

Maria Laura de Oliveira Couto, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS

Psicóloga graduada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel); Mestre em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFPel (CAPES 5); Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFPel (CAPES 5). Membro do Grupo de Pesquisa Enfermagem, Saúde Mental e Saúde Coletiva; trabalha com o Movimento Internacional de Ouvidores de Vozes.

Hudson Cristiano Wander de Carvalho, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS

Atualmente trabalha como especialista em educação integral no Instituto Ayrton Senna, atuando na área de pesquisa e desenvolvimento de soluções educacionais baseadas em evidências para escolas públicas, assim como com produção de conteúdo sobre a relação entre educação, ciência e política pública. É docente adjunto (em licença) do curso de Psicologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), onde atuou também como coordenador de curso, coordenador de área na residência multiprofissional, chefe do Núcleo Docente Estruturante e representante de área no Conselho Departamental da Faculdade de Medicina da UFPel. Desenvolveu e coordenou o Ambulatório de Assistência Psicológica à Pessoa vivendo com HIV no Hospital Escola da UFPel. Porta título de doutorado em ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria e Psicologia Médica da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), de mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia do Desenvolvimento Humano da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e de psicólogo pela mesma instituição.Foi bolsista do CNPq de Pós-Doutorado Júnior junto ao Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) com ênfase nas áreas de Neurociência e Psiquiatria. Foi editor associado da Revista Temas em Psicologia/Trends in Psychology entre os anos de 2013 e 2016. Produz estudos que visam entender as diferenças individuais em nível comportamental e neurobiológico por meio da articulação entre psicometria, neurociências clínicas e epidemiologia.

Henrique Siqueira Pinheiro, Universidade Católica de Pelotas, Pelotas, RS

Formado na Universidade Católica de Pelotas no Curso de Psicologia. Atualmente Psicólogo na Clínica de Psicodrama e Psicoterapia.Participou como Estudante Bolsista do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - PET-Saúde (Carga horária - 512 horas).

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Publiée

2020-03-08

Numéro

Rubrique

Artigos