A BIORREGIÃO URBANA A PARTIR DAS BIOECONOMIAS: ANÁLISE DOS ATORES VINCULADOS À PRODUÇÃO DE PANELAS DE BARRO NO BAIRRO DE GOIABEIRAS, VITÓRIA/ES
DOI:
https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2025.v26i59.a65242Palavras-chave:
atores, biorregião urbanaResumo
O presente estudo visa investigar as relações entre sociedade e natureza, com foco nas economias baseadas no ecossistema manguezal como elemento estruturador de sua existência, onde os atores envolvidos apresentam relação de codependência com a preservação de recursos naturais e atuam, paralelamente, como agentes produtores de território ao contribuir para a contenção do uso e ocupação do solo por atividades vinculadas a economias dominantes, inseridas na lógica urbano-industrial. Portanto, desenvolve-se, a partir de revisão bibliográfica, pesquisa documental e observação participante, um estudo sobre a rede de atores vinculados à produção de panelas de barro no bairro de Goiabeiras, em Vitória, Espírito Santo, ordenados com base em seu potencial bioeconômico e capacidade de contribuição para manutenção de características sociais, culturais e ambientais no ecossistema manguezal. Assim, propõe-se uma biorregião urbana, a partir da rede de atores relacionada a essa atividade, englobando o sistema territorial necessário para manutenção e promoção de relações equilibradas entre sociedade e natureza.
Downloads
Referências
ALVES, A.; SAMAIN, E.; BATESON, G.; MEAD, M. (2004) Os argonautas do mangue. Campinas: Editora Unicamp.
DE AGUIAR, M. C. de. Estudos de Caracterização de Argilas do Vale do Mulembá visando contribuir para a Sustentabilidade da Confecção de Panelas de Barro do Espírito Santo. (2009). Anais… XVII Jornada de Iniciação Científica – Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), 2009.
DE ALMEIDA, R.; DE OLIVEIRA, A. R.; SENNA MELO, R. M. (2023) Educação ambiental junto as Paneleiras de Goiabeiras: uso sustentável da casca de mangue vermelho. Revista Guará, [S. l.], v. 1, n. 16. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/guara/article/view/40789. Acesso em: 20 out. 2024.
BARBOSA, I. B. M. (2004) Modernidade e assimetrias na paisagem: a fragmentação de ecossistemas naturais e humanos na baía noroeste de Vitória-ES. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade de São Paulo.
COSTA, F. A. (2009) Trajetórias tecnológicas como objeto de política de conhecimento para a Amazônia: uma metodologia de delineamento. Revista Brasileira de Inovação, v. 8, n.1, p.35-86.
COSTA, F. A. et al. (2022) Uma bioeconomia inovadora para a Amazônia: conceitos, limites e tendências para uma definição apropriada ao bioma floresta tropical. Texto para discussão. São Paulo: WRI Brasil.
FERNANDES, D. A.; COSTA, F. A.; FOLHES, R.; SILVA, H.; NETO, R. V. Por uma bioeconomia da socio-biodiversidade na Amazônia: lições do passado e perspectivas para o futuro. (Nota de Política Econômica nº 023). MADE/USP. 17.08.2022
HAESBAERT, R. (2010) Regional-global: dilemas da região e da regionalização na geografia contemporânea. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
MARTINS, Nayla Ingrid Ramos; TEIXEIRA, Luis Paulo Leite; LOUZADA, Bruno Casotti. Os impactos da urbanização na proteção de áreas naturais: Diagnóstico da conservação ambiental no Espírito Santo, Brasil. In: III Congresso Latino-americano de Desenvolvimento Sustentável. Anais... Tupã, São Paulo, 2024.
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN. Certidão de registro do Ofício das Paneleiras de Goiabeiras. Livro de Registro de Saberes. 20 de dezembro de 2002.
KRENAK, A. (2022) Saiam desse pesadelo de concreto! In: MOULIN, G.; MARQUEZ, R.; ANDRÉS, R. e CANÇADO, W. (orgs.). Habitar o Antropoceno. Belo Horizonte: BDMG Cultural/ Cosmópolis, p. 8-21 e p.210-228.
LATOUR, B. (2012) Reagregando o social: uma introdução à Teoria do Ator-Rede. Salvador: Edufba; Bauru: Edusc.
MAGNAGHI, A. (2005) La rappresentazione identitaria del território: atlanti, codici, figure, paradigmi per il progetto locale, Firenze: Alinea.
MAGNAGHI, A. (2014) La regola e il progetto: un approccio bioregionalista alla pianificazione territoriale. Florença: Firenze University Press.
MAGNAGHI, A. (2017) A Biorregião Urbana: pequeno tratado sobre o território, bem comum. Matozinhos: ESAD, Escola Superior de Artes e Design.
MARZOCCA, O. (2023) Territorialismo, eco-territorialismo, bioregionalismo. Genesi, contesti, motivazioni. In MAGNAGHI, A; MARZOCCA, O. (org.) Ecoterritorialismo. Territori, v. 37, p. 1-15.
MINAYO, M. C. S.; DESLANDES, S. F.; GOMES, R. (2013) Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes.
OSTROM, E. (1990) Governning the Commons: the Evolution of institutions for collective action. New York: Cambridge University Press.
POLI, D. (2015) Il patrimonio territoriale fra capitale e risorsa nei processi di patrimonializzazione proattiva. In: MELONI, B. (org.). Aree interne e progetti d’area. Torino: Rosenberg e Sellier, p. 123-140.
POLI, D. et al. (2022) Bioeconomia, paesaggio e patrimoni territoriali: quali scenari?. In: CIERVO, M. (org.) La Strategia di bioeconomia è sostenibile? Territori, impatti, scenari. Florença: SDT Edizioni, p. 135-153.
PRIETO, G. (2023) Lefebvre na floresta: natureza, sociedade e produção do espaço em um mundo devastado. In: CONCEIÇÃO, A. L. et al. Marx, a Geografia e a Teoria Crítica. Rio de Janeiro: Consequência, p. 277-298.
REIS, D. M. (2013) Ocupação urbana em áreas de preservação permanente: o caso do manguezal da área continental de Vitória/ES. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Federal do Espírito Santo.
RODRIGUES, L. H. (2011) Transmissão cultural e mercantilização: uma etnografia da produção e comercialização de panelas de barro pelas paneleiras de Goiabeiras. Anais... Seminário Nacional da Pós-Graduação em Ciências Sociais-UFES, v. 1, n. 1.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade. Declaro, ainda, que uma vez publicado na revista GEOgraphia, editada pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal Fluminense, o mesmo jamais será submetido por mim ou por qualquer um dos demais co-autores a qualquer outro periódico. E declaro estar ciente de que a não observância deste compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorias (Nº9609, de 19/02/98).
O autor concede e transfere, total e gratuitamente, ao Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal Fluminense em caráter permanente, irrevogável e não exclusivo, todos os direitos autorais patrimoniais não comerciais referentes aos artigos científicos publicados na revista GEOgraphia. Os textos assinados são de responsabilidade dos autores, não representando, necessariamente, a opinião dos editores e dos membros do Conselho Editorial da revista.

Os trabalhos publicados estão simultaneamente licenciados com uma licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.