Materialidades discursivas e o funcionamento da ideologia e do inconsciente na produção de sentidos
DOI:
https://doi.org/10.22409/gragoata.v18i34.32961Palavras-chave:
Discurso, ideologia, inconsciente, sentido, história.Resumo
Filiados à perspectiva da Análise do Discurso (AD), compreendemos o sujeito do discurso enquanto ser radicalmente histórico − constituído pela linguagem, pela ideologia e afetado pelo inconsciente. Essa tomada de posição impõe levar em consideração as condições de produção na sociedade capitalista, como a exploração do trabalho e a produção-consumo de mercadorias. Sendo o discurso materialidade da ideologia, ele é sempre uma prática histórica, e seu funcionamento revela os gestos de interpretação dos sujeitos que atuam nas práticas sociais postas como necessárias à reprodução/transformação das relações de produção. Assim, pressupondo o funcionamento da ideologia e do inconsciente na produção dos efeitos de sentidos, este artigo analisa propagandas de empresas de telefonia móvel/celular. Trata-se de vídeos apresentados nas datas comemorativas do Dia das Mães e do Dia dos Pais. Nesta análise, compreende-se que essas propagandas põem em funcionamento a ideologia dominante, que “naturaliza”, mediante os efeitos de evidência, os lugares das mulheres e dos homens. Esse funcionamento é essencialmente atravessado pelas formações inconscientes capazes de corroborar a eficácia dos efeitos de sentido. Portanto, tais materialidades discursivas mobilizam uma rede de sentidos que revela um processo discursivo, o qual retoma e ressignifica os sentidos inscritos no discurso do Outro, confluindo na realização dos interesses de um “sujeito consumidor” que “faz suas escolhas” com “aparente” conhecimento de causa.
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